O homem que sequestrou um ônibus por mais de duas horas, neste sábado, no Rio de Janeiro, está preso. Paulo Alberto Ferreira da Silva, de 33 anos, foi preso em flagrante pelos crimes de sequestro qualificado e ameaça. Depois do susto, Rafaela Lobo, a jovem que foi mantida refém, tenta se recuperar ao lado da família.
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Rafaela ficou mais de duas horas com uma tesoura apontada para ela. O episódio lembra o caso do ônibus 174, no ano 2000, no Rio de Janeiro. O final trágico, com a morte de uma estudante e do assaltante, foi provocado por uma sequência de erros da polícia.
Dessa vez, a ação da polícia funcionou. A difícil tarefa de como vencer o sequestrador a se entregar sem ferir ninguém foi do sargento Glébson Ferreira. Ele conta que a estratégia inicial é traçar um perfil do criminoso. Para isso, contou com a ajuda de psicólogos no local. É preciso analisar rapidamente o tom de voz, a linguagem corporal. O desafio ontem foi ainda maior: conversar com uma pessoa muito alterada.
“Ele não falava coisas conectas. Tinha mania de perseguição. Sempre tinha alguém perseguindo. A estratégia nessa hora foi tentar ganhar tempo, para tentar abrandar os ânimos e ir no sentimental dele. Perguntei da família, essas coisas”, conta o negociador do BOPE.
O sargento revela ainda que chegou a usar o Dia das Mães como argumento para o sequestrador se entregar. Outra tática foi se vestir como uma pessoa comum, não como um policial.
Muita gente acha que, em casos assim, só a vida do refém é importante. Mas, para a polícia, garantir que o sequestrador saia vivo é fundamental para que haja confiança numa próxima negociação.