Uma noite regada a muita poesia, música e alegria. Assim foi a edição especial de setembro do Sarau do Cebolão, no Setor Bancário Sul, na quinta-feira (19), que atraiu bancários e bancárias e a população que foram prestigiar os poetas de Ceilândia e um show de rock com a banda Brodericks.
O evento, promovido pelo Sindicato dos Bancários de Brasília, em parceria com a Central Única dos Trabalhadores (CUT-DF) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), já se tornou tradicional e tem por objetivo fomentar e dar visibilidade à arte e à cultura no coração de Brasília.
“A edição de setembro do Sarau é especial porque ela pede pela primavera. Para isso, estamos junto com a Ação da Cidadania, coletando alimentos no Sindicato e também recebendo doações em dinheiro para os brigadistas voluntários dos incêndios florestais na Chapada dos Veadeiros (GO)”, destacou o secretário de Política Sindical do Sindicato, Paulo Vinícius, o PV, organizador do evento. “Estamos na Praça do Cebolão defendendo a requalificação desse espaço de encontro e convivência da classe trabalhadora de Brasília”, acrescentou.
Acolhimento – Diretor do Sindicato, Rafael Guimarães endossou: “Queremos ocupar a Praça do Cebolão, revitalizar a fonte, trazer iluminação para os skatistas, incentivar o esporte, trazer segurança para a população, arrumar um espaço de acolhimento à população em situação de rua. Enfim, construir uma unidade popular. Para isso, convidamos os bancários e as bancárias a participarem do Sarau do Cebolão, que é realizado mensalmente neste espaço. Fiquem de olho no site do Sindicato para acompanhar a programação cultural”.
Cultura periférica – Dez poetas do coletivo Sarau da Quarta e do Sarau da Um, de Ceilândia, se apresentaram na Praça do Cebolão. A voz da juventude, seu canto e músicas, sua luta e situação de classe deram a tônica das poesias e músicas que trouxeram para o Plano Piloto.
“Para nós, é uma honra representar a poesia marginal e a cultura periférica, tão oprimidas por um sistema. Lutamos juntos, resistimos para que a arte continue existindo nos nossos corpos. A arte é emancipadora, é revolucionária”, ressaltou a poetisa Dora Revolusie.