A 52ª Sessão Plenária do Comitê de Segurança Alimentar Mundial (CFS), a ser realizada em Roma, de 21 a 25 de outubro, reunirá representantes de governos, agências das Nações Unidas, organizações da sociedade civil e do setor privado para discutir questões relacionadas à segurança alimentar e nutricional.
O CFS é reconhecido por promover o diálogo multissetorial e construir consenso em torno de políticas para enfrentar a fome e a desnutrição. A plenária deste ano tem como foco principal fortalecer os sistemas alimentares globais diante de crises, como as mudanças climáticas e a insegurança alimentar agravada por conflitos.
A participação do Brasil nesse evento é de grande relevância, considerando o país como um dos principais produtores e exportadores de alimentos do mundo. Ao integrar esse tipo de discussão, o Brasil tem a oportunidade de apresentar suas políticas públicas voltadas à segurança alimentar, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o fortalecimento da agricultura familiar.
Além disso, a presença em fóruns internacionais como o CFS permite que o País reforce seu compromisso com a erradicação da fome e participe ativamente da formulação de políticas globais que podem impactar suas estratégias nacionais.
A importância de o Brasil participar também reside na capacidade de influenciar decisões globais que afetam o comércio agrícola e o desenvolvimento rural. As discussões sobre sustentabilidade e sistemas alimentares inclusivos estão no centro da agenda, e o País pode desempenhar um papel chave ao compartilhar suas experiências e desafios, além de garantir que seus interesses econômicos sejam considerados.
O evento ainda facilita a troca de experiências com outros países sobre como lidar com questões emergentes, como a segurança alimentar em tempos de crise. Para o cenário brasileiro, as perspectivas são positivas, com a possibilidade de o país fortalecer sua posição internacional em segurança alimentar e contribuir para a implementação de práticas mais sustentáveis na produção de alimentos.
No entanto, é essencial que o Brasil esteja alinhado com os debates globais sobre a transição para sistemas alimentares mais inclusivos e resilientes, o que exigirá políticas internas coerentes com os compromissos assumidos internacionalmente. Assim, o envolvimento do Brasil no CFS representa uma oportunidade de avançar na construção de um sistema alimentar mais justo e sustentável.
(*) Mestre em Nutrição Humana e ex-presidente do Conselho Regional de Nutricionistas da 1ª Região (DF, TO, GO e MT)
Instagram: @carolromeiro_nutricionista