Foi em vão a tentativa do governador Rodrigo Rollemberg de convencer seus correligionários do PSB a apoiar as reformas previdenciária, trabalhista e política patrocinadas pelo governo federal. O acordo entre o presidente Michel Temer e Rollemberg para que o governador apoiasse as reformas dentro do PSB incluiu, entre outras, a liberação de R$ 55,5 milhões para a obra de captação da água do Lago Paranoá.
No entanto, em reunião da executiva nacional da legenda, na segunda-feita (24), a maioria dos socialistas decidiu votar contra as medidas consideradas impopulares de Temer. “Sou a favor de que tratemos do assunto ponto a ponto”, defendeu o governador, que é vice-presidente de Relações Institucionais do PSB. “Algumas medidas previstas na Reforma Trabalhista, por exemplo, facilitam a retoma do crescimento econômico, que é fundamental para a criação de empregos”, disse.
Berlinda – Para não correr o risco de perder mais votos a favor das reformas, Temer pretende falar individualmente com os deputados da legenda para votarem contra a orientação da cúpula. O Planalto teme que haja um efeito cascata na base e PTB e PPS entrem na linha do PSB contra os projetos.
O governo precisa de 308 votos dos 513 deputados federais para aprovar a reforma da Previdência. A oposição, atualmente, tem cerca de cem deputados declaradamente contrários às alterações. Caso o PSB desembarque em peso da base, serão 35 parlamentares a mais na oposição, complicando a conta do governo para aprovar as reformas.
O PSB é a sétima força da Câmara, atrás do PMDB, PT, PSDB, PR, PSD e PTB. Até mesmo socialistas que ocupam cargos no Executivo estão contra Temer. Pai do ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) já avisou que a cadeira no ministério está à disposição do Planalto.
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