Depois de perder aliados como o PDT e a Rede, Rodrigo Rollemberg (PSB) prepara uma guinada à direita para tentar permanecer no Palácio do Buriti. Além de atrair o PSDB, de onde espera que a ex-governadora Maria de Lourdes Abadia (foto) saia como sua vice, em substituição a Renato Santana (PSD), o governador articula uma poderosa frente evangélica para 2018.
Publicamente, Rollemberg negocia com velhos caciques, como o deputado federal Augusto Carvalho (SD) e o presidente do PV, Eduardo Brandão. Mas, nos bastidores, quem comanda a festa é o presidente do PRB, Wanderley Tavares, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus.
Tavares entregou ao evangélico Nilo Cerqueira (foto), ex-administrador do Sudoeste no governo Arruda, a atribuição de unir o PRB a legendas como o PSC, o PHS e o Podemos. As conversas avançaram também com o PP, o PPS e o PR. E Nilo Cerqueira pode surgir em breve como novo administrador de Brasília.
Nesses partidos estão lideranças como a ex-deputada Eliana Pedrosa (Podemos/foto), o senador Cristovam Buarque e a deputada Celina Leão (PPS), o ex-vice-governador Paulo Octávio (PP) e o deputado federal Ronaldo Fonseca (PROS).
Fonseca, que preside a Assembleia de Deus no DF e já anunciou que não tentará a reeleição, tem percorrido os templos de sua Igreja apresentando o ex-administrador de Brasília, Marcos Paco, como seu sucessor na Câmara. E assim passou a se cacifar como candidato ao Senado.
Nilo Cerqueira é homem de confiança do ex-vice-governador Paulo Octávio, que pensa concorrer a deputado federal. Presidente do PP, ele evita o assunto porque ainda precisa se livrar de problemas com a Justiça.