O Consórcio Catedral assumiu oficialmente a gestão da Rodoviária do Plano Piloto, no centro de Brasília. Pela primeira vez desde sua inauguração, há quase 65 anos, o espaço deixa de ser gerido pelo poder público e passa à iniciativa privada, com um contrato de concessão válido por 20 anos.
O grupo empresarial, vencedor da concorrência nacional, deverá investir R$ 120 milhões em obras de recuperação, modernização e conservação do complexo. As primeiras mudanças já começaram: manutenção de escadas rolantes e elevadores, ativação de sala de controle com videomonitoramento e a criação de uma sala multissensorial para acolhimento de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) e outras neurodivergências.
“O cidadão deve perceber rapidamente melhorias na segurança, organização e acessibilidade”, afirmou o secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Zeno Gonçalves. Segundo ele, uma nova estação do BRT também está prevista no projeto.
Os investimentos estão previstos para ocorrer em até seis anos, sendo R$ 7 milhões aplicados nos dois primeiros anos em infraestrutura e sistema operacional. O cronograma inclui ainda a reforma do prédio principal e a modernização de 2.902 vagas de estacionamento nos setores próximos ao Conjunto Nacional e Conic, que passarão a ser rotativos.
Além dos investimentos, a concessionária deverá repassar anualmente ao Governo do Distrito Federal 12,33% da receita bruta obtida com alugueis, publicidades e estacionamentos rotativos, entre outros serviços.
Um dos desafios da nova gestão é a questão da segurança. Há menos de 10 dias, em 24 de maio, uma pessoa em situação de rua morreu após ser esfaqueada. A vítima, identificada com Darlan William Rocha, foi ferida no pescoço após acusar o seu assassino de roubo.