A reunião da Executiva Nacional do PSDB nesta segunda-feira (12) será decisiva para o presidente da República, Michel Temer. No encontro, os tucanos definirão se permanecem na base de apoio do Palácio do Planalto ou se desembarcam do governo. Temer pediu mais tempo ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e ao prefeito da capital, João Dória, para reorganizar a base aliada para aprovar reformas.
Apesar da absolvição da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitora (TSE), o Planalto não prevê uma semana tranquila em Brasília. O risco de uma denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chegar à mesa de Temer torna os rumos da política do peemedebista incerto. O PSDB, por sua vez, tem plena convicção que o Executivo não conseguirá aprovar as reforma trabalhista e a da Previdência sem o seu apoio.
O receio dos tucanos, que, em sua maioria, não querem o desembarque, é com a eleição presidencial de 2018. A aliança com Temer pode representar uma perda do eleitorado no ano que vem, ao mesmo tempo, em que é arriscado apoiar a eleição indireta. O primeiro na linha sucessória de presidente é Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, que, após subir a rampa do Palácio, pode se credenciar como forte candidato nas próximas eleições para presidente.