Desde que assumiu o governo do DF, Rodrigo Rollemberg se esforça para colocar a população contra os servidores públicos: uma estratégia política cujo objetivo único é manipular a opinião pública e colocar em diferentes pontas grupos que, na verdade, são complementares. E, a praticamente 15 dias das eleições, isso precisa ser enxergado.
Hoje, segundo pesquisas, uma das principais preocupações e insatisfação dos cidadãos do DF é a área da Saúde. As pessoas estão sem acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS) e não, isso não é culpa dos servidores. Eles, aliás, são parte da solução. Assim como aqueles que precisam da rede pública: os pacientes. E, nesse sentido, é preciso estar atento e saber que a saída para o caos que enfrentamos é a união.
Servidores e usuários do SUS precisam estar juntos para lutar por um Distrito Federal melhor. E essa batalha começa logo ali adiante, nas urnas, no dia 7 de outubro. Por isso, a palavra \”representatividade\”, que tem sido usada nos últimos anos para separar em vez de agregar, deve ser compreendida por todos como algo muito maior, porque, lado a lado, todos querem de volta o direito integral à Saúde, como rege a Constituição.
Eu, agora, sou representante da categoria médica. E, como tal, diariamente, luto pela Medicina. Quando faço isso, no entanto, não penso apenas nos meus colegas. Há em mim, sobretudo, a certeza de que o exercício digno da minha profissão está diretamente ligado à condições de assim fazê-lo. E isso envolve uma série de questões que, na rede pública, obrigatoriamente, dependem de vontade política.
Precisamos de investimento e capacidade de gestão. A Saúde de todos depende disso. A existência do SUS depende disso. As nossas vidas dependem disso. E, agora, se todos nós, servidores e população em geral, tivermos consciência de que estamos do mesmo lado, acredito que, sim, podemos mudar esse cenário.
E, ao contrário do que diz Rollemberg, somos um único grupo: cidadãos do DF – usuários e servidores – que querem e precisam recuperar o SUS. Estamos juntos e, na hora de votar, vamos fazer isso conscientes de que a representatividade, na Saúde, é para todos.