J. B. Pontes (*)
É impossível que o povo brasileiro não tenha aprendido algo com as crises sanitária, política, cultural, social e econômica que vivenciamos nos últimos tempos e que não esteja ansioso pela mudança. E para mudar, necessitamos superar o verdadeiro flagelo que estamos vivendo como Nação. E teremos amplas chances para fazer isso nas eleições de outubro deste ano, quando todos, com o nosso voto consciente, poderemos contribuir para dar início a um novo ciclo no País, mais feliz, com mais igualdade e justiça social.
Este ano terá que ser um marco histórico de renovação, de reconstrução do nosso País, depois de todos os desastres que estamos enfrentando, promovidos pelo desgoverno Bolsonaro e seus cúmplices – todos os partidos que constituem o chamado “centrão”, a elite econômica e a classe média inconsciente.
Desgoverno
Precisamos não só cortar, mas sim arrancar pela raiz, o desgoverno Bolsonaro e o bolsonarismo, verdadeiras pestes que estão nos conduzindo a uma verdadeira catástrofe, alimentadas pelo ódio, pela ignorância, pelo negativismo, pela mentira e pelo fanatismo.
Para que isso ocorra, é dever impostergável de todos os brasileiros com um mínimo de consciência lutar para colocar no comando do nosso País pessoas de caráter e compromissadas com os interesses do povo brasileiro. E não só na Presidência, mas também no Congresso Nacional – deputados e senadores.
Não vai ser fácil
Mas não pensem que isso será fácil. Primeiro porque existe uma significativa parcela da nossa população que, por ignorância, ódio, interesse ou mesmo falta de caráter, se identifica com Bolsonaro. Segundo porque ele tem governado para os ricos e, portanto, terá, sem dúvida, o apoio do mercado, dos banqueiros e do capital internacional, que estão lucrando como nunca dantes. Terceiro porque ele, sem dúvida, também será apoiado, principalmente em estratégias espúrias, por setores conservadores nacionais e internacionais, principalmente da sociedade americana – Trump e companhia –, que ainda estão bem ativos.
Bolsonaro soube, ainda, agradar alguns setores da sociedade, tais como as polícias e os militares, oferecendo-lhes vantagens pecuniárias e privilégios negados ao restante da sociedade civil. É de nos frustrar saber, por exemplo, que as Forças Armadas e outros setores da sociedade só defendem os seus próprios interesses, não tendo nenhum compromisso com o povo brasileiro. Mas temos esperanças que alguns setores, a exemplo dos servidores públicos, em especial os das carreiras de Estado, já tenham percebido os malefícios causados pelo desgoverno Bolsonaro e não mais o apóiem.
Devemos nos manifestar e demonstrar para os partidos e demais movimentos progressistas que, para derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo como o País precisa, é essencial que todos estejamos unidos, numa verdadeira cruzada.
É essencial que reflitamos que uma Nação com tanta desigualdade social não é democrática e nem pode almejar a paz social. A desigualdade social e econômica está na raiz da violência e da criminalidade.
(*) Advogado, Geólogo e Escritor