A pressão sofrida pela presidente Dilma Rousseff (PT) com a crise política que tem se agravado nos últimos dias, principalmente em razão dos desdobramentos da Operação Lava-Jato, tende a aumentar ainda mais nesta semana. Nesta quarta-feira (8/7), a CPI da Petrobras realiza acareação entre o ex-diretor de Serviços Renato Duque e o ex-gerente de Engenharia Pedro Barusco. A luz de alerta do Planalto já está acesa. Um dos principais pontos a serem esclarecidos afeta diretamente a petista.
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Barusco, que firmou acordo de delação premiada para minimizar os efeitos de sua pena e ontem pediu ao Supremo Tribunal Federal a acareação por motivos de saúde, revelou à CPI da Petrobras que repassou, em 2010, US$ 300 mil à campanha de Dilma. Ele informou ainda que, desde 1997, quando passou a integrar a engrenagem do esquema de corrupção na estatal, acumulou US$ 97 milhões em propina. Duque, que ficou calado quando esteve na CPI, será confrontado com as informações trazidas por Barusco. O ex-diretor é apontado como recebedor de suborno para direcionar contratos bilionários da Petrobras. Da parte recebida por Duque, um percentual que variava entre 1% e 3% abastecia o cofre do PT, de acordo com informações prestadas por delatores.
Na quinta-feira, haverá uma nova acareação. Desta vez, Barusco ficará frente a frente com o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Os integrantes querem retirar dúvidas sobre os repasses feitos pelas empreiteiras para a sigla. Vaccari atesta que tudo foi feito dentro da lei. A acareação entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, dois dos principais integrantes do esquema, só acontece após o recesso parlamentar. Está marcada para 6 de agosto.
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