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Sem categoria

Religião, é claro!

  • Redação
  • 23/05/2014
  • 20:34

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         Mario Pontes

Embora não professe uma religião, sempre me interessaram a história e as funções das crenças e instituições religiosas. Nessa condição, sou um dos que estranharam o argumento usado por um juiz do Rio ao rejeitar o pedido de umbandistas para que mandasse retirar da internet vídeos ofensivos aos seus modos de crer. “As manifestações religiosas afro-brasileiras” – escreveu o magistrado – “não se constituem em religiões.”

A fim de me certificar de que tal opinião vai na contracorrente do pensamento moderno, comecei pelo mais simples dos procedimentos: consultar dicionários. Uns genéricos, outros específicos. Mas todos concebidos e editados por grandes e mundialmente respeitadas instituições culturais.

De saída abri o Oxford, da centenária universidade britânica. E eis como ele define religião: “Crença na existência de um deus ou deuses; sistema particular de fé e conduta em conformidade com essa crença.” Só isso. Em seguida fui ao Cambridge, ao Collins, ao Longman, ao Webster, ao Larousse, ao Robert, ao Zingarelli e vários outros genéricos, além de alguns específicos, como é o caso do Hinnells.

As definições de todos eles são muito semelhantes. Mas o Hinnells, por sua natureza, vai mais adiante.  Dedica verbetes às crenças de pequenos e isolados grupos humanos, tratando-as sempre como religiões, sem cobrar a existência de códigos ou templos: “Religião Balinesa” (de Bali, ilha da Indonésia), “Religião Banto” (de tribos da África Central); “Religião Dinca” (de índígenas do Sudão meridional) etc. etc.

Poderia mudar de linha e persistir. Mas como o espaço é limitado, encerrarei com uma passagem de Teofania – belo ensaio do alemão Walter F. Otto, um dos mais admirados estudiosos das religiões no século XX: “A cada ramo da espécie humana o Divino revelou-se de modo diferente, dando forma à sua existência, fazendo de si mesmo, sem pressa, aquilo que efetivamente deveria ser diante dos homens.”

Teriam sido os afro-brasileiros excluídos de tal revelação? Se o foram, por que, apesar de confinados na selva, mostraram-se capazes, tanto quanto judeus e cristãos, de conceber, por exemplo, suas próprias narrativas de criação e destruição do mundo, seus Gênesis e seus Apocalípses? Seriam capazes de tal feito, caso não integrassem uma entidade religiosa, neste ou naquele degrau de organização e conhecimento?   

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