As pessoas, em geral, não se percebem: se acham boa gente, não avaliam como tratam os outros e não entendem o motivo de o relacionamento ou a amizade acabar. Se alguém se afastou de você, recorde-se como o tratou da última vez. Se o relacionamento esfriou, pense como você tem tratado o outro.
Após o fim de um relacionamento, se você escutar um lado dará razão a ele; se escutar o outro, mudará de ideia. A coisa certa é que ambos não se percebem. Ninguém nasce gente. Nasce-se como um projeto para tornar-se. A maioria não se torna.
Se você não for ético, solidário e vivenciar seu propósito, perdeu a viagem. Na Terra, quase ninguém melhora porque a regra é culpar o outro e buscar os fins sem importar-se com os meios. Gente é quem é ético e solidário. Se você não se tornar gente, você perdeu sua encarnação.
Nos Centros Espíritas, muitos dirigentes esquecem que os trabalhadores são voluntários e, embora não se deva perder de vista a disciplina, isto não dispensa a educação e as boas maneiras.
No trabalho, muitos são indiferentes aos colegas, clientes, fregueses e alunos. Na família, o marido que trata mal a esposa durante o dia não entende porque ela não quer sexo à noite. Ele pensa em tudo, menos como a tratou durante o dia. Como dizia Gurdieff: “A coisa certa é que o homem não aprende”. Jesus questionou: “Você vê um cisco no olho do outro e não vê a trave no seu?”.
A regra de ouro continua em vigor: não faça ao outro aquilo que não gostaria que fizessem com você.
Então, ame! “O amor deve surgir em você. Em todo o mundo existem problemas entre maridos e mulheres, e a única razão é que ambos esperam amor um do outro, mas são incapazes de amar.
Pense um pouco sobre isso: você quer que alguém te ame, e se alguém o ama você se sente bem, mas o que você não sabe é que o outro o ama somente porque quer que você o ame, até finalmente compreenderem que ambos são mendigos da alma.
Preencha a sua vida com amor. Você dirá: “Nós sempre amamos”. E eu lhe digo que você raramente ama. “A maioria permanece como crianças, porque todos estão procurando amor, e quando ficam mais velhos, se são maridos, querem amor de suas esposas; se são esposas, querem amor de seus maridos. E ambos sofrem, porque amor não é para ser mendigado”.