\”Sejam simples como as pombas, mas prudentes como as serpentes\”. Este ensinamento crístico se aplica a todos os relacionamentos humanos. Sim, imprudência é a maior causa dos relacionamentos doentios, também chamados tóxicos porque intoxicam a alma e o corpo, às vezes, por longa duração.
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O desejo de ser amado (a) é infantil. Seres adultos querem amar, fazer e ver o outro feliz. A felicidade do outro torna felizes os verdadeiros amantes. O desejo cria expectativas, e estas deixam o buscador fragilizado, incapaz de ver os graves defeitos do outro, principalmente quando entram na onda do \”amor da minha vida\”.
Neste caso, não veem nem mesmo quando se trata de psicopata. Este tipo adora falar com a voz empostada ou bem suave. Não fala de miséria e se o fizer a culpa é dos outros.
Quem ama, ama e cuida. Se alguém vive repetindo que lhe ama, mas constantemente lhe trata mal e depois se derrete em desculpas, sempre justificando seus atos desagradáveis, desconfie! Isto é conduta típica de psicopatas.
Sobre este tipo se pronunciou o psicólogo canadense Robert Hare, na obra Mentes Perigosas, de autoria de Ana Beatriz Barbosa Silva: \”Para estes indivíduos, as pessoas são meros objetos ou coisas que devem ser usadas sempre que necessário para a satisfação do seu bel-prazer. Os psicopatas não levam em contas regras sociais, mas sabem muito bem como utilizá-las a seu favor além de se divertirem e sentirem prazer com o sofrimento provocado”.
“Psicopatas se tornam poderosos quando conseguem despertar piedade. Frios, calculistas, dissimulados, inescrupulosos, mentirosos, sedutores, tentam mostrar conhecimentos em diversas áreas, mas somente superficialmente. Detestam ser questionados e desmascarados. Visam apenas o próprio benefício. Têm mania de grandeza, fascínio pelo poder e pelo controle sobre os outros. São desprovidos de culpa e remorso e, muitas vezes, revelam-se agressivos e violentos.\”
Fique atento (a). Não se deslumbre. Conhecer o outro requer tempo.