A redução da taxa básica de juros da economia (Selic) em 0,25 ponto percentual, como preveem analistas do mercado financeiro, terá efeito pequeno nos juros do crédito ao consumidor e pode manter a atratividade dos rendimentos em fundos de renda fixa em relação à poupança. A avaliação é da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
Assim como outras instituições financeiras, a Anefac prevê a redução da Selic de 14,25% para 14%, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), amanhã e quarta-feira (19).
Segundo a Anefac, o efeito da redução da Selic nas condições do crédito é pequeno porque “existe um deslocamento muito grande” entre a taxa básica e os juros cobrados dos consumidores. Para os consumidores, a taxa média chega a 158,47% ao ano, o que prova uma variação de mais de 1000% entre a Selic e os juros do crédito.
De acordo com as simulações da Anefac, os juros cobrados do comércio terão uma redução de 0,46% na taxa anual, passando de 98,95% para 98,50% ao ano. Os juros do cartão de crédito cairão 0,25% para 461,86% ao ano; os do empréstimo pessoal dos bancos de 73,52% para 73,13% ao ano; e os do empréstimo pessoal de financeiras, de 166,17% para 165,58% ao ano. A taxa média de juros passará de 158,47% para 157,90% ao ano, com redução de 0,36%.
No caso do financiamento de uma geladeira ao preço de R$ 1.500, em 12 vezes, por exemplo, o efeito da redução dos juros seria de R$ 0,20 em cada parcela e de R$ 2,35 no total.
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