Da Redação
Desde quinta-feira (3) vigora um reajuste médio de 11% na conta de luz dos moradores do Distrito Federal. O aumento, que foi autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), terá impacto sobre cerca de 1,1 milhão de unidades consumidoras, incluindo clientes residenciais e comerciais.
O serviço de distribuição de energia no DF foi privatizado em 2021, pelo governo Ibaneis Rocha (MDB), e é operado pela Neoenergia, uma empresa controlada pela multinacional espanhola Iberdrola. O novo reajuste ficou bem acima da inflação oficial medida pelo IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que fechou em 7,17% no acumulado de 12 meses até setembro.
Segundo a Neoenergia Brasília, os chamados custos não gerenciáveis pela distribuidora, que são repassados diretamente para outros agentes, são os fatores mais significativos que impactam o novo índice tarifário que entrou em vigor.
“Entre eles, destaca-se a forte elevação dos encargos setoriais superior a 35% e o custo da geração de energia, de aproximadamente 10%, que esteve mais elevado durante a crise hídrica de 2021 e repercute agora na tarifa. A parcela que cabe à distribuidora apresentou reajuste da ordem de 5%, abaixo da inflação registrada no país”, informou a companhia.
Apesar da alegação de aumento dos encargos do setor, a verdade é que um dos principais impostos pagos pela companhia foi reduzido este ano. É o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), recolhido pelo governo distrital. Um projeto de lei complementar aprovado em meados do ano pelo Congresso Nacional limitou a alíquota desse tributo em 18% para produtos e serviços considerados essenciais, como combustíveis, energia e telecomunicações.
Com informações do Brasil de Fato.