Dezenove anos depois de sair do Partido dos Trabalhadores, em 2005, o senador Randolfe Rodrigues (AP) preparou uma festa em Macapá, capital do estado, para retornar à legenda no sábado (6). Líder do governo Lula 3 no Congresso, ele convidou aliados, políticos e sindicalistas de vários lugares do País. Mas adiou a assinatura da ficha de refiliação ao partido do presidente da República.
Depois do PT, Randolfe ingressou no PSol e, em seguida, aderiu à Rede Sustentabilidade. Mas saiu da legenda da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em maio do ano passado, após o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) rejeitar o licenciamento ambiental para exploração de petróleo na margem equatorial do Brasil. Segundo ele, o Ibama não ouviu o governo nem os cidadãos do Amapá.
Volta à origem – Randolfe se elegeu deputado estadual pela primeira vez em 1998 pelo PT-AP e se reelegeu em 2002. Três anos depois, saiu do partido para ser um dos fundadores do PSol. Em 2010, com 37 anos, foi o senador mais jovem eleito, com 200 mil votos.
Após 10 anos, anunciou sua desfiliação em setembro de 2015, e assinou a ficha da Rede, junto com outra fundadora do PSol, a ex-senadora Heloísa Helena, candidata a presidente da República em 2006.
Em dezembro de 2023, durante um evento com Lula, anunciou que retornaria ao PT. “O meu partido é o partido de Lula. Eu estarei no partido de Lula, aonde o partido de Lula estiver”.
Em fevereiro deste ano, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), postou em suas redes sociais, ao lado de uma foto de Randolfe: “Tu vens, tu vens, eu já escuto os teus sinais”, em referência à música “Anunciação”, de Alceu Valença.
Mas ainda não foi desta vez…