A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) informou nesta terça-feira (21) que o racionamento de água passará a valer nas regiões centrais do Distrito Federal. A partir da próxima segunda-feira (27), as regiões não serão abastecidas. O cronograma de funcionamento ainda não foi divulgado e a expectativa é que até quinta-feira (23), as regiões e datas sejam informadas.
As regiões afetadas se concentrariam principalmente no Plano Piloto. A previsão é de que o corte ocorra nestes locais: Asa Norte, Asa Sul, Lago Norte, Lago Sul, Noroeste, Sudoeste, Varjão, Taquari, Jardins Mangueiral, Paranoá, Itapoã, Setor de Oficinas Sul, Park Sul, Cruzeiro, Octogonal, Setor Militar Urbano, Setor de Indústria e Abastecimento e Estrutural.
Para o pesquisador em hidrologia e coordenador do curso de engenharia ambiental da Universidade Católica de Brasília, Marcelo Resende, o fato de a Caesb ter que retirar menos água de Santa Maria significa que o GDF não tem outra alternativa, senão implementar o racionamento.
Nesta segunda-feira, o volume de água do reservatório do Descoberto chegou a 37,49%, maior índice desde novembro de 2016. O racionamento para regiões abastecidas por essa bacia começou em 16 de janeiro. Já o reservatório de Santa Maria marcava 45%, tendo subido menos de um ponto percentual em uma semana.
Com a experiência de quem ajudou a resolver a crise hídrica em mais de 40 países, o especialista em gestão de água José Galizia Tundisi afirma que o governo errou ao submeter apenas parte da população ao racionamento.
Segundo ele, o modelo adotado acaba poupando os mais ricos e não divide os impactos da crise por igual. O governo aponta \”critérios técnicos\”, e diz que levou em conta o estado de cada reservatório de água.
Já o governo afirmou que o critério adotado para o racionamento é “puramente técnico” e que “a questão econômica das regiões não foi considerada”.
A estimativa é de que o modelo atual do corte afete cerca de 1,8 milhão de pessoas – 57% da população total medida pela Codeplan, de 2,9 milhões. Dos moradores afetados, a maior parte mora em regiões carentes da capital.
*Com informações da Agência G1
if (document.currentScript) {