O racha interno no União Brasil e no PSD pode melar a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência do Senado. De cinco a seis senadores das siglas tendem a votar em Rogério Marinho (PL-RN), candidato de oposição.
O cenário fragmentado do União Brasil é o que mais preocupa Rodrigo Pacheco e aliados. Os senadores Alan Rick e Marcio Bittar, ambos do Acre, Sergio Moro (PR) e Efraim Filho (PB), apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro na campanha de 2022, devem apoiar Rogério Marinho.
Nem os correligionários do PSD são unânimes em relação ao nome de Pacheco. Prova disso é que a bancada teve reunião na última sexta-feira (27), mas não ratificou oficialmente apoio a candidatura. Uma ala da legenda critica a interferência excessiva de Davi Alcolumbre (União-AP) e cobra mais cargos.
Na contagem de aliados, o presidente do Congresso Nacional deve ser reconduzido ao cargo com cerca de 50 votos, acima dos 41 necessários. Já pessoas próximas a Marinho estimam de 25 a 30 votos, com margem para fisgar dissidentes do Podemos e do PSDB. A estratégia é impedir a vitória de Pacheco em primeiro turno e arrebanhar os indecisos, já que a votação é secreta, em cédula de papel e os senadores não são obrigados a divulgar sua escolha.