A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semab), do governo do estado de Goiás, aplicou mais de R$ 3 milhões em multas contra 18 empresas de turismo de Pirenópolis, a 130 quilômetros de Brasília são acusadas de prática de crime ambiental. A operação foi realizada de 4 a 12 de maio.
Além das multas, a Semad promoveu 18 embargos. Com isso, as empresas ficam paralisadas até a regularização. As multas são por infrações como desmatamento ilegal e parcelamento irregular do solo. Os autos de infração, conforme a Semad, totalizam R$ 2,7 milhões.
A pasta informou que o objetivo da operação, batizada de Suenerip (Pireneus, ao contrário), foi o de verificar se empreendimentos turísticos que usam recursos naturais estão com a licença ambiental regularizada. No entanto, durante a ação, os fiscais flagraram várias violações à legislação ambiental, entre elas parcelamento do solo e supressão de vegetação para delimitação de lote.
“Os empreendimentos turísticos embargados devem permanecer paralisados até a regularização da atividade, sob pena de responder por descumprimento”, afirmou a Semad. Uma vez que os nomes dos empreendimentos não foram divulgados, a reportagem não conseguiu localizar suas defesas.
A Secretaria do Meio Ambiente informou ter aplicado, de janeiro a abril, mais de R$ 15 milhões em multas em cerca de 400 operações de fiscalização contra desmatamento, pesca ilegal, parcelamento irregular do solo e extração mineral sem licença.
Serra da Mesa
Em cerca de 400 operações de fiscalização nos primeiros quatro meses do ano foram aplicados mais de R$ 15 milhões em multas. O balanço não leva em conta ações ocorridas em maio.
Uma das mais recentes operações aconteceu no lago Serra de Mesa, em Niquelândia e Vila Propício. Fiscais aplicaram multas de R$ 37,3 mil em uma mobilização contra a pesca ilegal, de 20 de abril a 2 de maio. Foram 24 autos de infração e 164 Kg de peixes apreendidos.
De 6 a 11 de abril, também na Serra da Mesa, a Semad promoveu uma ação com o objetivo de coibir a pesca predatória e o desmatamento e se deparou com garimpo ilegal de ouro. O valor das multas passou de R$ 625 mil. Na ocasião, a fiscalização embargou uma área de 15 hectares e recolheu maquinário avaliado em mais de R$ 2 milhões.