Com uma Medida Provisória (MP), o presidente da República, Jair Bolsonaro, interrompeu a política de resgate do valor histórico do salário mínimo e reajustou seu valor para apenas R$ 1.039,00. O novo valor começou a valer nesta quarta-feira (1°/1).
O governo Bolsonaro realizou o reajuste com base apenas na correção da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Com isso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, elimina do Brasil a política de valorização do salário mínimo, proposta pelo governo Dilma Rousseff, que vinha sendo executada nos últimos anos.
Em dezembro passado, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou uma nota técnica criticando a interrupção do processo de resgate do valor histórico da remuneração mínima do trabalhador brasileiro e dizendo que, com essa política voltada para banqueiros e rentistas, o ministro Paulo Guedes “deixa pelo caminho uma esperança de melhor condições de vida para milhões de pessoas e uma visão de civilização em que as diferenças se estreitariam em benefício de todos”.
A prova da falta de dinheiro da população em dezembro de 2018 e o fracasso das vendas de Natal a ponto de a Associação Brasileira dos Lojistas Satélites (Ablos), que representa o comércio varejista do País, encaminhar nota à imprensa contestando e repudiando os dados publicados pela Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop) que apontou alta de 9,5% nas vendas do Natal em comparação com a mesma data de 2018.
“A pesquisa da Alshop é falsa, é fake news. Ela está gerando desconforto e revolta entre os lojistas”, disse Tito Bessa Júnior, presidente da Ablos e da rede de moda TNG. E completou: “Nós nos preparamos para termos um Natal melhor do que nos anos anteriores, mas isso não aconteceu, infelizmente”, afirmou.