O que o credencia a pleitear uma vaga de deputado federal por Brasília? – A minha história de lutas. Meu compromisso é em defesa da classe trabalhadora, das classes mais oprimidas do país. Venho de uma história de formação de entidades populares que defendem os direitos mais básicos da população, como o direito à moradia, à saúde e à educação.
O senhor é servidor público. O que já fez em defesa do serviço público? – Comecei no serviço público com 17 anos de idade. Estou na mesma função há 43 anos no Congresso Nacional. Ali vivenciei as lutas da classe trabalhadora e dos servidores públicos. Aprendi vivenciando tudo isso.
O PT frustrou os eleitores com o escândalo da Lava Jato? – O PT é vítima dessa grande crise que se abateu sobre ele. É vítima do sistema econômico e de comunicação que, juntos, queriam ter uma forma de interromper as conquistas da classe trabalhadora no país.
Mas dá para negar o envolvimento da cúpula do partido nos desvios da Petrobras? – Os adversários pegam problemas e erros pontuais do PT para colocar o partido na alça de mira, mas não podem atacar toda a sua trajetória e todo o seu compromisso com as lutas da classe trabalhadora. Essa é a essência do PT, não somente de compromisso, mas sim de fazer.
O senhor faz parte dos grupos ligados aos movimentos sociais do PT, que recentemente lançaram o bancário Afonso Magalhães ao GDF. Essa candidatura é pra valer? –O PT tem grandes nomes que podem ser colocados como candidato ao GDF. Nomes de alta categoria, como a deputada Erika Kokay, uma das pessoas mais fortes que temos em Brasília. Cito a ex-vice governadora Arlete Sampaio; o ex-deputado Geraldo Magela; o deputado Chico Vigilante.
Mas parece que eles não estão dispostos a encarar esse desafio… – Todos eles estão envolvidos com projetos também muito importantes de construção de uma bancada na Câmara Legislativa, de não perder a representação na Câmara Federal. A deputada Kokay faz um brilhante trabalho, defendendo direitos humanos e o conjunto de temáticas que hoje a gente sofre tanto, que é de perseguição.
O PT-DF deveria importar alguém, como foi especulado em relação ao ex-ministro Ricardo Berzoini? – O partido não precisa importar ninguém. Possuímos aqui um quadro interno que outros partidos não têm.
Quem será o candidato do PT ao GDF? – O PT é rico em opções. A militância do partido coloca o Afonso Magalhães como pré-candidato a governador. A diretora do Sindicato dos Professores Rosilene Corrêa também é uma alternativa. No PT, qualquer um tem condições de vencer esse desgoverno do Rollemberg.
O que lhe move a tentar um mandato de deputado federal? O que pretende fazer quando chegar à Câmara dos Deputados? – O governo golpista de Temer colocou os serviços públicos e o Estado brasileiro em xeque. Meu objetivo é defender os direitos dos servidores públicos, os serviços públicos de qualidade e o Estado Democrático de Direito.
Qual sua expectativa de vitória como candidato ao mesmo cargo da maior liderança do PT de Brasília hoje, que é a presidente regional Érika Kokay? – O partido vai apresentar uma nominata que representará a pluralidade da sua luta na sociedade. Minha pré-candidatura vem com a expressão da luta dos excluídos, por acesso à moradia, à saúde pública, à educação e aos serviços públicos que deveriam chegar naturalmente à população e não chegam.
O senhor foi administrador de Taguatinga e do Cruzeiro. Se eleito deputado federal, o que fará por essas duas cidades? – Fui um cuidador das pessoas e do ambiente. Em Taguatinga fiquei pouco tempo, mas trabalhei para cuidar da sociedade, da iluminação pública, das calçadas, das academias de ginástica, como nas QNLs, onde instalei todas as academias lá existentes em apenas cinco meses.
Aliás, em Taguatinga, o senhor pediu demissão dois dias antes da emissão do Habite-se que possibilitou ao ex-governador Agnelo Queiroz inaugurar o Centro Administrativo. Por que teve essa atitude? –O processo que chegou para que pudéssemos emitir o habite-se era muito complexo. Eu não tinha recursos humanos e equipe suficientes para fazer a devida análise. O tempo estava muito escasso, e entre ter essas condições todas para fazer uma decisão correta e adequada eu decidi pedir exoneração.
Mas o seu sucessor, Anaximenes dos Santos, fez isso em menos de 24 horas. Que capacidade de análise de projeto ele teve que o senhor não teve? – Ele era um profissional da área. Provavelmente teve mais condições técnicas de analisar o processo do que. Me vi sem condições humanas e técnicas para tomar essa decisão.