“Recomenda-se para novos autores do tema que busquem contato com candidatos que não venceram as eleições, para saber se a percepção destes, como derrotados, é diferente dos políticos eleitos”. O ano era 2014, quando escrevi esta frase na conclusão do meu trabalho de conclusão de curso, na faculdade de Administração da Universidade Católica de Brasília.
Na verdade, o meu objetivo à época era entender o que os políticos pensavam a respeito do trabalho que eu já exercia. Ou seja, se os deputados eleitos entendessem que o investimento em marketing eleitoral deveria ser reduzido no próximo pleito, poderia significar menor relevância do meu ofício.
Mas o resultado foi justamente o oposto: a maioria dos políticos que respondeu ao meu questionário do TCC sugeriu que pretendia aumentar o investimento em comunicação. E aqui estamos, uma década depois, para mostrar que o trabalho no marketing político digital realmente só cresceu, como previu minha tese de encerramento do curso.
Fake News – O governo Federal, por exemplo, resolveu trocar o ministro depois de algumas crises de comunicação. O novo chefe da Secom chegou com a incumbência de dar nova cara às redes sociais do presidente da República. O cartão de visita de Sidônio Palmeira foi ter de enfrentar a crise do Pix, provocada, principalmente, por um vídeo do deputado Nikolas Ferreira (PL-XX) que viralizou nas redes sociais.
Para combater o vídeo de Ferreira, o PT convocou todos os parlamentares e dirigentes do partido para um treinamento com Sidônio Palmeira. O objetivo era debater estratégias de comunicação e mecanismos para enfrentar fake news.
Logo depois, o PL, partido de Nikolas e de Jair Bolsonaro, anunciou que fará o seu 1º Seminário Nacional de Comunicação: Bolsonaro relembrou o ditado de Chacrinha, “Quem não se comunica, se trumbica”, no vídeo que convidou os filiados da legenda para o evento na sexta-feira (20) e no sábado (21).
Na mesma data do evento do Partido Liberal, será realizada a 6ª edição do Seminário Reboot, o maior evento de comunicação política, pública e institucional do Brasil. O público encontrará no auditório do Sebrae, na quadra 605 da Asa Sul de Brasília, grandes especialistas do setor, com destaque maior para João Santana. Ele foi um dos responsáveis por campanhas como as de Lula (2006), Dilma Roussef (2010 e 2014) e Hugo Chávez (2012). Em 2022, atuou como marqueteiro para Ciro Gomes (PDT).
Além de João Santana, outros comunicadores falarão aos colegas de profissão. E, com muita alegria, eu serei um deles. Durante os 40 minutos a mim reservados, falarei sobre comunicação partidária e institucional, para contar um pouco da minha experiência de dois anos como chefe da Comunicação do União Brasil e um ano à frente das redes sociais da Fundação Índigo.
Quem quiser acompanhar, pode se inscrever pelo site www.seminárioreboot.com.br.