Não durou três meses a participação de Gusttavo Lima na política. Na quarta-feira (19), o cantor sertanejo anunciou em suas redes sociais que não será candidato a nenhum cargo público nas eleições de 2026, depois de surpreender o Brasil, no final do ano passado, ao dizer que se concorreria à presidência da República.
No mesmo conteúdo publicado na quarta-feira, contou sua história de vida e disse que continua focado em sua carreira artística, além de confirmar que criará o Instituo Gusttavo Lima de ações sociais para idosos. Porém, segundo ele mesmo disse ao portal Metrópoles, nada impede que dispute outros pleitos futuramente:
“Tenho 35 anos. Nada impede que na outra eleição eu seja candidato”. Mesmo com a breve passagem pelo Mundo da Política, o Embaixador interferiu diretamente no cenário. Até porque, pesquisas mostraram, em determinado momento, que ele seria o único nome capaz de derrotar Lula, caso as eleições fossem agora.
Além dele mesmo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), amigo de Gusttavo, também será impactado com a decisão do artista. Os levantamentos mostram que, apesar do trabalho super bem avaliado no estado, o político tem dificuldades para se apresentar a eleitores de outras regiões do Brasil, além do Centro Oeste. E ter um dos mais populares artistas do País ao lado, como cogitou-se, ajudaria bastante na missão de popularizar seu nome.
Mas vou um pouco adiante na análise: com números favoráveis nas pesquisas eleitorais, Gusttavo Lima abre um flanco que deverá ser preenchido rapidamente – e podem me cobrar. Se ele está bem posicionado única e exclusivamente por sua carreira na música, o que impede outros artistas de se anunciarem como candidatos até outubro de 2026?
Afinal, apesar de enfrentar desafios, como a imprensa, adversários ideológicos e as fake news nas redes sociais, o Embaixador ganhou grandes holofotes durante sua pré-candidatura meteórica, espaço que não teria apenas como artista.
Após o bom resultado de Pablo Marçal na disputa pela Prefeitura de São Paulo, acredito que candidatos outsiders ainda terão bastante relevância no cenário político.
Como pagodeiro que sou, faço couro para Zeca Pagodinho se candidatar. Quem lembra da resposta que ele deu, de bate-pronto, ao Jô Soares quando perguntado qual foi a pior coisa que ele já teve que fazer na vida: “trabalhar”.
Afinal, se os brasileiros já têm na cabeça que político não trabalha, tem alguém melhor que o Zeca?
Só não venha me dizer que é o Wesley Safadão!