Uma fala de uns de dez segundos, retirada de algum evento onde a mídia estava presente, deixa claro que no sacrossanto espaço da mesa do jantar fala-se a respeito de um grande problema que o Brasil viverá dentro de pouco tempo: a falta absoluta de peões para trabalhar nas fazendas.
Do ponto de vista do palestrante – ou de alguém que estava ali apenas para defender os interesses do grupo que representa, tanto faz –, essa crise vem se agravando de maneira perniciosa e sem apresentar nenhum plano para evitá-la.
A crise, segundo o senhor que faz a explanação, é visível e não há ninguém que a possa impedir, dado que foi cravada como lei, pelo governo federal – este que, podendo, sempre dá um jeito de se distanciar do que é chamado de setor produtivo.
Neste ponto, os dados históricos sobre o problema, que já tem data para trazer para o dia a dia da população suas consequências: até bem pouco tempo, os peões transmitiam para seus filhos, estes para os netos, e assim sucessivamente, a arte de cuidar de um rebanho, plantar, colher e outro afazeres próprios de quem é peão. (Mais antigamente, de quem era escravo).
Estas são as datas, à escolha do freguês: dentro de cinco, seis, sete, no máximo oito anos, o País não terá mais peões, uma vez que a escola da vida foi fechada para quem já usufruiu desse privilégio.
Hoje, nestes tempos de escolas públicas, ninguém quer mais seguir a carreira dos pais. A meninada só quer o anel de doutor.
Pode isso?