Ricardo Ferrer (*)
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Vivemos um momento nebuloso em relação ao futuro deste nosso país. Tão nebuloso quanto a névoa de mentiras que nos são ditas todos os dias na mídia por alguns dos nossos candidatos. Melhor, mais precisamente por uma candidata.
Aí, vem a pergunta: a quem ela quer enganar? Sim, pois aos detentores das migalhas recebidas não é necessário enrolar com mentiras. Mas, a maioria, que não vive dessas migalhas, ela só engana por conta de uma inconsciência não compatível com o nível de desenvolvimento dessas pessoas, algo como um lapso lamentável de inteligência.
Então, afinal, que esperança podemos ter do futuro? Se analisarmos as opções, veremos uma candidata à frente das pesquisas por conta de uma fatalidade. Uma radical ligada aos princípios originários de um partido que se dizia ético, mas que demonstrou não conhecer os princípios morais antes de se dizer ético.
Do outro lado, uma candidata afoita para se manter onde está e levar o país ao fundo do poço de vez. Então, em que acreditar? Na esperança de um terceiro candidato que representará algo novo, com programa de governo coerente e passado histórico que o abona? Sem dúvida é uma realidade palpável e não apenas uma aventura.
Mas, como disse certo “rei do futebol”: “o povo não sabe votar”. Ao longo do tempo, principalmente nos últimos doze anos, essa afirmação foi demonstrada. O povo buscou o incerto que resultou no fracasso. Deixou-se influenciar por discursos que se apoiavam em mentiras facilmente percebíveis, mas, sabe-se lá porque, finge não perceber.
Então, volta à pergunta: que esperança podemos ter do futuro?
A resposta só será conhecida em 5 de outubro, pois, dependendo do que
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acontecer, o que vier em 26 de outubro já não terá importância, pois a incerteza do futuro estará concretizada.
A esperança nesse curto prazo de quatro semanas é o milagre de o impossível ocorrer. Senão, os próximos quatro anos enterrarão de vez nosso país no caos da incompetência, ou, quem sabe, no caos que levantará Marx, Lenin, Stalin, Mao e Chê do túmulo, e fará a festa de Fidel e Raul.
Esperança no futuro? Somente a expectativa de que aqueles que se perdem no lapso de consciência enxerguem a tempo que temos que dar um basta nesse estado de coisas ruins que vimos ao longo desses doze anos e dêem uma oportunidade ao nosso país de voltar a ser o gigante que caminha para a frente e não o gigante adormecido em berço esplêndido.
Mas isso, só as urnas dirão.
(*) Engenheiro aposentado e escritor