A Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa, é tradicionalmente marcada por práticas de reflexão e renúncia. Muitas pessoas optam por restringir ou eliminar certos alimentos e hábitos – principalmente o consumo de carnes, açúcar e bebidas alcoólicas – como forma de sacrifício e fortalecimento espiritual. No entanto, além do significado religioso, essa pausa alimentar pode trazer impactos positivos para a saúde, promovendo hábitos mais equilibrados e conscientes.
A redução do consumo de açúcar, por exemplo, contribui diretamente para a melhora da saúde metabólica. O excesso de açúcar está associado ao risco de doenças como diabetes tipo 2, obesidade e inflamações no organismo.
Ao abrir mão de doces e alimentos ultraprocessados durante a Quaresma, muitas pessoas experimentam maior disposição, melhor controle do peso e até mesmo uma melhora na qualidade do sono. Essa mudança temporária pode ser um incentivo para a adoção de uma alimentação mais equilibrada no longo prazo.
Já a decisão de evitar bebidas alcoólicas impacta positivamente o fígado, órgão responsável pela metabolização do álcool, além de reduzir riscos cardiovasculares e melhorar a hidratação do corpo. Estudos mostram que períodos de abstinência alcoólica podem contribuir para a regulação da pressão arterial, fortalecimento do sistema imunológico e até para a saúde mental, reduzindo níveis de ansiedade e melhorando o humor.
Embora a Quaresma tenha um propósito religioso, ela pode servir como um momento de reavaliação dos hábitos alimentares e de saúde. O desafio de renunciar a determinados alimentos pode ser uma oportunidade para descobrir novos sabores, fortalecer a disciplina e perceber os benefícios de uma alimentação mais natural.
Ao final do período, muitas pessoas se sentem motivadas a manter essas escolhas, transformando um sacrifício temporário em um estilo de vida mais saudável e equilibrado.