Sir Alex Ferguson treinou o Manchester United durante 27 anos e ganhou quase tudo quanto é copa e campeonato que se pode imaginar. Por seu desempenho nos campos do futebol, recebeu da Rainha este Sir como acréscimo a seu nome.
(Os Beatles também receberam a mesma homenagem, só que John Lennon e George Harrison não se comportaram como fiéis portadores de tão nobiliárquico título).
Ninguém está querendo que treinadores fiquem tanto tempo naquele retângulo em que são obrigados a ficar durante os 90 minutos de jogo, comandando a equipe em tão longo período, todo sábado ou domingo, e muitas vezes no meio da semana, orientando as mesmas duas dezenas de marmanjos querendo entrar em campo.
Mas também não é pra ficar mudando de clube a toda hora, garantindo contratos que – já se sabe de antemão – não serão cumpridos.
É o caso do futebol nestas plagas (!), onde o presidente do clube ou da SAF (Sociedade Anônima Futebol) obedece, gado que nem ele só, aos grunhidos, vaias, palavrões, pugilato, grosserias dos verdadeiros donos do clube: as torcidas organizadas.
E ai! se não obedecer.
Assim, como não temos um Sir Alex por aqui, talvez três ou quatro técnicos que resistem ao mau humor das organizadas, apelemos às bets (outras donas do futebol, por onde passam).
Dou de graça um palpite aos apostadores: dos vinte técnicos inscritos no Brasileirão, quantos sobrarão no mesmo time ao final do campeonato? Vinte é que eu tenho certeza que não.