Fernando Pinto
Um flash iluminou minha cabeça no domingo (3), confirmando que ninguém consegue esquecer absolutamente nada do passado, por mais longínquo que seja, conforme Sigmund Freud, o descobridor da Psicanálise, em sua teoria de “Associação de Idéias”, e que para isso aconteça basta que um fato específico anterior venha à tona em nossa memória auditiva ou visual. Esse flash disparou quando li a notícia de que a pioneira Rádio Planalto de Brasília voltaria a funcionar no dia seguinte, 4 de julho, depois de sair do ar em janeiro de 2012. De repente, em fração de segundos, me veio a triste lembrança do covarde assassinato de Mário Eugênio, colega do Correio Braziliense, no ano de 1984.
Jornalista diplomado pela UnB, o mineiro Mário Eugênio Rafael de Oliveira, com o respaldo de várias reportagens realmente sensacionais, era respeitado como o melhor repórter de Polícia de todo o País, inclusive por sua valentia pessoal. E também trabalhava como Editor do concorrido programa Gogó das Sete, que ia ao ar na Rádio Planalto todas as manhãs, relatando notícias policialescas ou denúncias e que era gravado na véspera, à noite. Como a minha mesa na Redação do CB ficava quase colada à dele, quase sempre eu ouvia suas réplicas às inúmeras ameaças de morte telefônicas que recebia, xingando as mães de seus interlocutores.
À época, eu morava na SQN 203, e não possuía carro. Nos plantões dominicais, voltava para casa de carona no Monza branco do Marão, que também residia na Asa Norte. Depois de acompanhá-lo à Rádio Planalto, esperava-o dentro de seu veículo, enquanto ele gravava o Gogó das Sete. E naquela noite de domingo, 11 de novembro de 1984, ao lembrar que estava na hora de irmos à rádio, agradeci e respondi que ainda não tinha concluído o texto de minha reportagem. Dessa vez, ele foi sozinho, de encontro à morte: ao descer do estúdio radiofônico, às 23h55, recebeu sete tiros pelas costas, acionados à queima-roupa por um policial chamado Divino 45, que só seria identificado seis anos mais tarde, graças às árduas investigações de repórteres de toda a imprensa brasiliense.
É óbvio que escapei da indesejada presença da Senhora da Foice, mais uma vez adiada: se tivesse acompanhado Mário Eugênio naquela fatídica noite, o assassino não teria deixado viva a única testemunha (eu!)…
Quem sabe de toda verdade do caso Mario Eugênio pode ser localizado no email ondaverde@folha.com.br ,este cidadão sabe tudo do caso pois era militar do mesmo setor PIC do grupo GIC da policia do exercito ,era o responsável por toda comunicação do grupo, inclusive sabe tudo do roubo do passat preto do Tenente Avelino que deu origem a morte do dono da chácara ,o codinome deste ex militar Batifino, foi este militar que recebeu do tenente Avelino o comunicado do roubo recebendo as ordens para repasar para o Sargento Nazareno de como agir ,este militar era o responsável pela transmissão de comunicação, tendo acesso a toda documentação dos arquivos secretos do Gic ,grupo de investigações criminais do Pic pelotão de investigaçoes criminal da policia do exercito de Brasilia,amigo pessoal do cabo couto ,tbm dos cabos envolvidos na morte do reporter ,verdadeiro arquivo humano ,foi amigo pessoal do divino 45 , era militar de confiança do general Newton Araújo de Oliveira e Cruz ,a quem era confiado toda comunicação a nível particular para os membros do Pic Gic .Este militar inclusive possuidor de declaração de bons serviços prestados assinada pelo ten Avelino ,sargento nazareno,cabo couto ,Cabo Alicio mafra ,,Cabo Edson oliveira macedo ,Cabo Dirceu perkoski,todas as assinaturas reconhecidas em cartório