Orlando Pontes e Júlio Pontes
A militância do PT vai às urnas em julho para eleger as novas direções executivas regionais e nacional para o próximo triênio. O cargo hoje ocupado pela deputada Gleisi Hoffman (PR) é cobiçado pelo ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva (o preferido de Lula), e pelo ex-ministro José Dirceu, que tem o apoio das lideranças históricas do partido, embora todos digam que o objetivo dele é concorrer a deputado federal por São Paulo no próximo ano.
Mandachuvas – No DF, o atual presidente, Jacy Afonso, ainda não resolveu se tentará a reeleição. Diz que vai esperar a definição das regras do pleito e a abertura de inscrições de candidaturas, que deve ocorrer em março ou abril. Mas a corrente que tem à frente a deputada federal Erika Kokay e o distrital Chico Vigilante quer manter a hegemonia do diretório local, sem, no entanto, apresentar um nome até o momento.
Certo mesmo é que o PT dificilmente será protagonista na disputa pelo GDF em 2026. Embora o ex-deputado Geraldo Magela venha se esforçando para se firmar como postulante ao Buriti, nacionalmente Lula negocia a vaga com o PSB, em troca do apoio da legenda – especialmente do prefeito do Recife e potencial candidato a governador de Pernambuco, João Henrique Campos – à sua própria reeleição ao Planalto.
O espaço do PT na chapa majoritária deve ser na vaga ao Senado. Aí, o nome forte, até o momento, é Erika Kokay, que tem dito em vários eventos públicos que seu ciclo na Câmara dos Deputados se encerra na atual legislatura. Quem corre por fora é a sindicalista Rosilene Corrêa. Ela concorreu à vaga de senadora em 2022 e ficou em terceiro lugar e é, ainda, uma possibilidade para o cargo de vice.
Já a cabeça de chapa da esquerda brasiliense, pelo andar da carruagem, ficará com o PSB, onde, internamente, Ricardo Cappelli vem se firmando quase como unanimidade. Aliás, na última semana, o interventor da Segurança Pública de Brasília após o 8 de janeiro de 2023 morou no Sol Nascente, em Ceilândia, como noticiou em primeira mão o Brasília Capital.
Em sua breve estada na antiga invasão, o pré-candidato a governador e presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) foi ciceroneado por um cabo eleitoral de luxo: Marlon Costa, ex-administrador de Taguatinga no governo Rodrigo Rollemberg, que tem levado o carioca Cappelli para conhecer a realidade das cidades do Distrito Federal fora do Plano Piloto.

Com Cappelli a tiracolo, Costa percorreu alguns de seus redutos para apresentar o aliado que sempre repete que está ali para “ouvir as pessoas”. Detalhe: o ex-administrador tentou uma vaga na Câmara Legislativa em 2022 e teve 1.834 votos (destes, 832 em Taguatinga e 319 em Ceilândia), segundo dados públicos obtidos pelo aplicativo Politique.