A aposta de Rollemberg coincide com a avaliação do deputado distrital Chico Vigilante. Para o petista, dentro de um programa de governo negociado com todas as legendas, Leila poderia ter um vice do PT, e este passaria a priorizar a eleição das bancadas nas Câmaras Legislativa e Federal.
O PDT é outro partido que depende dos acordos nacionais para se posicionar mais claramente no DF. O distrital Reginaldo Veras pretende disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados. Mas sabe isto depende do que a direção nacional, sob o comando do presidente Carlos Lupi, vai buscar para montar o palanque do presidenciável Ciro Gomes nos estados e no DF. Este discurso tem a concordância do ex-distrital Peniel Pacheco, uma espécie de curinga pedetista.
Legendas menores, como o Psol, que elegeu o distrital Fábio Félix em 2018, temem a chamada “cláusula de barreira”.
No pleito passado, para manter o registro, cada partido precisaria receber 1,5% dos votos dos eleitores de todo o País. No próximo ano, este índice subirá para 2%.
“Por isso, no primeiro turno há uma tendência de os pequenos partidos lançarem candidatos próprios a cargos majoritários (governador e senador) e, assim, obter maior visibilidade durante as inserções gratuitas no rádio e na TV”, diz o jornalista Chico Sant’Anna, que concorreu ao Senado pelo Psol em 2018.
O vácuo de lideranças abre espaço para o surgimento de candidaturas pouco prováveis. É o que percebe a deputada Paula Belmonte (Cidadania). Em seu primeiro mandato na Câmara Federal, ela vem imprimindo um ritmo de trabalho com visitas regulares às cidades-satélites e forte presença nas redes sociais e na mídia.