A ordem que vem do comando nacional para o PT-DF é para ampliar o palanque de Lula. O vice-presidente local, Ricardo Berzoini – o presidente Jacy Afonso se recupera da covid-19 – diz que está “conversando com todos os partidos de esquerda e que defendem a democracia e os interesses sociais”.
Ele tem consciência das dificuldades de fechar acordos antes da aprovação da reforma eleitoral e acredita que as alianças só acontecerão às vésperas do prazo final, no próximo ano. “Estamos preparando os nossos quadros para as disputas proporcionais e majoritárias”, diz ele.
Berzoini não conta é que o PT já sai dividido. O ex-deputado Geraldo Magela, da corrente Movimento PT, anunciou que é pré-candidato ao Buriti. “Coloquei meu nome à disposição porque grande parte das lideranças estava defendendo candidaturas de outro partido”, explica.
Outras “tendências” petistas, como a Repensar o PT, formada por sindicalistas e líderes de movimentos populares; e a Democracia Socialista, da distrital Arlete Sampaio, são contra. Magela diz que não fechou questão e que prioriza Lula. “Posso ser candidato a deputado federal ou nem sair candidato. O que sempre defendi é que o PT tenha candidatura ao GDF”.
O distrital Chico Vigilante também prioriza a (re) eleição Lula. Lista três correligionários, caso a decisão seja lançar candidato próprio: Berzoini, a deputada Erika Kokay e a diretora do Sinpro, Rosilene Corrêa. E vê a senadora Leila como boa candidata. Entretanto, um alto dirigente do PT arremata: “ao trocar o PSB pelo Cidadania, Leila deu um tiro no pé. Dificilmente teremos condições de nos unirmos a ela no primeiro turno”.