O Processo de Eleição Direta (PED) do PT no Distrito Federal aponta para o lançamento de candidatura própria da legenda ao Palácio do Buriti em 2026. Na terça-feira (27), na apresentação do nome de Guilherme Sigmaringa Seixas à presidência regional da legenda, no Teatro dos Bancários, a tese de um candidato petista à sucessão do governador Ibaneis Rocha (MDB) ganhou força após os discursos do ex-deputado Geraldo Magela e do distrital Chico Vigilante.
Guilherme Sigmaringa, mesmo tendo o apoio da maioria das tendências internas do PT, foi o último dos concorrentes ao cargo a aderir à ideia. “Ele precisava fazer esse movimento para não perder força junto à militância”, disse um de seus apoiadores, ao lembrar que os adversários do filho do falecido deputado federal Luiz Carlos Sigmaringa Seixas já advogam esta tese.
Assim qualquer que seja o vencedor do pleito marcado para o dia 6 de julho terá o compromisso de trabalhar para que o PT volte a concorrer ao Governo do Distrito Federal. Além de Sigmaringa, que concorre pela tendência Articulação Unidade na Luta, disputam a presidência do PT-DF Antônio Sabino, do Bloco Popular e de Base (BPB); Mariana Rosa, do Raízes do PT; Saulo Dias, do Movimento Nova Tendência; Hélio Barreto de Carvalho, do Diálogo e Ação Petista (DAP); e Rejane Pitanga, do Construindo um Novo Brasil.
LEANDRO GRASS – Pré-candidato a governador, o ex-deputado distrital e federal Geraldo Magela integra a corrente Lula no Planalto, PT no Buriti. Mas disfarça que esteja trabalhando em causa própria: “Mais do que um nome, defendemos um propósito, uma ideia”, afirma.
Disposto a tentar renovar seu mandato para a Câmara Legislativa a partir de 2027, Chico Vigilante acredita que o PT terá candidato próprio. Mas abre as portas para nomes que não estão nas fileiras petistas e têm potencial de voto para encabeçar a chapa da esquerda. E aponta o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, como possível novo filiado.
“O PT tem quadros históricos, mas precisa estar aberto à chegada de novos companheiros com capacidade de nos representar. O Leandro Grass, que concorreu pelo PV em 2018 e teve o nosso apoio, não foi ao segundo turno por uma diferença de apenas 5 mil votos. Seria o momento de ele vir para o nosso partido, como já o fizeram o Marivaldo (Pereira, Secretário Nacional de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça) e a Márcia Abrahão (ex-reitora da Universidade de Brasília – UnB).Grass esteve no evento de Sigmaringa, mas já havia se retirado do auditório momentos antes do discurso de Vigilante. “Fiquei sabendo do pronunciamento do Chico, que muito me honra. De fato, é um anseio da base petista ter candidato próprio ao Buriti. Já recebi alguns convites para me filiar e estamos conversando em busca do melhor caminho”, disse o presidente do Iphan ao Brasília Capital, ponderando que Brasília precisa voltar a ser protagonista no campo da esquerda, mas que isto também passa por uma grande composição nacional, capitaneada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
