Acabou a aliança do PSB do governador Rodrigo Rollemberg com o PSD do vice Renato Santana. O desembarque dos sociais-democratas do Governo de Brasília foi decidido na sexta-feira (10), durante reunião da executiva regional. A Rede também anunciou a saída do GDF. Procurado pelo Brasília Capital, o presidente do PSB e secretário de Cidades, Marcos Dantas, não quis comentar o assunto.
O movimento era ensaiado há meses pelo PSD, quando as divergências com o chefe do Executivo se acentuaram. Agora, o único partido que formou a base de apoio que elegeu Rollemberg em 2014 ainda alinhado com o governo é o Solidariedade, do deputado Augusto Carvalho – o PDT já havia saído em outubro.
Na terça-feira (7), o presidente do PSD, deputado Rogério Rosso, se reuniu com Augusto Carvalho e com o senador Cristovam Buarque (PPS) para tratar das eleições de 2018. O líder do Solidariedade pediu mais tempo para deliberar sobre o futuro do partido. Mas ele é pressionado pela correligionária Sandra Faraj. A deputada distrital quer se afastar de Rollemberg.
Rosso já manifestou o desejo de se reeleger para a Câmara dos Deputados. O mais prejudicado com o fim da parceria será o secretário de Justiça e Cidadania, Arthur Bernardes, que entregará o cargo.
Vice decorativo
A crise na área da Saúde foi a pretexto de Renato Santana para criticar o ex-aliado Rollemberg. A relação entre os dois se agravou com a morte da cunhada do vice governador, no dia 27 de janeiro de 2016, no Hospital Regional de Brazlândia, vítima de dengue.
Meses depois, em áudio gravado pela presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, o vice foi flagrado falando do pagamento de propina a partir de desvios de recursos da Saúde. Foi o estopim para Rollemberg criar a Secretaria de Cidades, que entregou ao amigo pessoal Marcos Dantas, e esvaziar as atribuições da Vice-Governadoria, que era responsável pela supervisão das 31 regiões administrativas.
Rede
A Rede também anunciou a saída do Governo de Brasília e a entrega de dois cargos: Jane Vilas Bôas, presidente do Instituto brasília Ambiental (Ibram) e de André Lima, secretário de Meio Ambiente.