Se o coronavírus não atrapalhar, dia 27 (sexta-feira), a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) apresentará, em audiência pública, o projeto de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), no trecho do Aeroporto ao final da Asa Norte, passando pela Avenida W-3 Sul e Norte. O projeto revitalizará a W-3 e solucionará, parcialmente, os graves problemas de mobilidade urbana de Brasília.
Desde a gestão Arruda, o GDF perdeu inúmeras oportunidades de contar com recursos federais para a obra. Durante o governo Lula, verbas de R$ 1,2 bilhão foram disponibilizadas no Programa de Acelaração do Crescimento (PAC) para a execução do trecho do Aeroporto à Estação Sul do Metrô e para ampliar em 7 km da linha do Metrô até o Setor O, da Ceilândia; à Expansão de Samambaia e do trecho até o início da Asa Norte. Depois, no PAC da Mobilidade e, por último, no Legado da Copa (governo Dilma Roussef).
Porém, nem as gestões Agnelo Queiroz, Rogério Rosso e Rodrigo Rollemberg produziram os projetos técnicos necessários para a liberação dos repasses. Nos governos Temer e Bolsonaro, recursos para esses fins deixaram de existir.
Modelo – Sem dinheiro, Ibaneis opta, agora, pela Parceria Público-Privada (PPP) para implantar o sistema. O itinerário é maior do que o previsto em 2009 e tem mais estações. Em 2019, foi encomendado um projeto técnico e o modelo de negócio pelo qual a iniciativa privada arcaria pela implantação do sistema e seria sua gestora. Nove grupos pediram para participar da elaboração de projetos do VLT, cinco foram habilitados, mas só o consórcio formado pela Viação Piracicabana – empresa de ônibus cujos acionistas são os irmãos Ricardo, Joaquim, Constantino Junior e Henrique Constantino, filhos de Nenê Constantino, dono do Grupo Gol e pai de Auristela e Cristiane Constantino, fundadoras da Viação Pioneira – associada à empreiteira Serveng Civilsan (citada na Lava Jato), e mais três empresas, apresentaram a proposta que vai à audiência pública.
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