Ir para o conteúdo
Facebook X-twitter Instagram
  • Política
  • Cidades
  • Brasil
  • Esporte
  • Entorno
  • Pelaí
  • Versão impressa
  • Política
  • Cidades
  • Brasil
  • Esporte
  • Entorno
  • Pelaí
  • Versão impressa
  • Política
  • Cidades
  • Brasil
  • Esporte
  • Entorno
  • Pelaí
  • Versão impressa
  • Política
  • Cidades
  • Brasil
  • Esporte
  • Entorno
  • Pelaí
  • Versão impressa

Cidades, Educação, Geral

Professores vão à luta pelos 19,8% em 2025

  • Orlando Pontes
  • 14/02/2025
  • 12:47

Compartilhe:

“Escola também espaço de aprender a conviver com as diversidades. A educação domiciliar não garante isso”

Diretora do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF), Márcia Gilda diz, em entrevista ao Brasília Capital, que a categoria começa o ano mobilizada em busca da recuperação do poder aquisitivo perdido desde 2019. “Temos conversado com o GDF e esperamos o devido respeito e acolhida à nossa pauta”, afirma.

Que número mágico é este 19,8% de reajuste salarial que o Sinpro cobra do GDF?  De onde vem esse percentual? – A gente não tirou esse índice da cartola. Esse 19,8% foi calculado a partir da análise das perdas salariais desde 2019 até o início de 2024. Nós passamos um longo período com os salários congelados. Só começamos a retomar a valorização a partir da greve de 2023, com a incorporação da Gaped [Gratificação de Atividade Pedagógica] e dos 18% concedidos de forma geral para todos os servidores públicos do DF. Esse 19,8%, portanto, é do período em que nós não tivemos reajuste. 

Outro número martelado pelo Sindicato é a chamada Meta 17. O que ela significa? – É a meta do Plano Distrital de Educação que trata da valorização da carreira do magistério. Ela traz a importância da equiparação do salário dos professores e professoras, orientadores e orientadoras educacionais com a média dos outros concursos em nível superior. 

Então, para o Sinpro, 2025 começa como 2024 terminou: na luta por melhoria salarial para a categoria… – Não somente isso. A ideia é trazer, agregado à reformulação dos salários, a reestruturação da carreira. 

Nesta reestruturação está incluída a redução da proporcionalidade do número de professores temporários em relação aos concursados? – Sem dúvida. A gente tem duas realidades hoje nas escolas. São dois tipos de profissionais extremamente qualificados – porque o professor temporário entra a partir de um processo seletivo, que é um concurso simplificado para contrato temporário. Só que ele não tem os mesmos direitos de um efetivo. A gente entende que foi uma opção, ao longo do tempo, dos diversos governos, em priorizar a contratação temporária, em detrimento do acesso pelo concurso público. 

Qual a porcentagem de temporários hoje na rede pública do DF? – Quase 60% da rede é composta por professores e professoras em regime de contratação temporária. Isso cria um abismo com relação à questão dos direitos. É uma forma de precarizar o trabalho. No acordo de greve de 2023, conseguimos a nomeação de todas as vagas imediatas e do cadastro reserva. No ano passado, a gente teve mais de 4 mil nomeações. Mas temos ainda muitos concursados do certame de 2022 no banco de excedentes, que nós pactuamos de não chamar de excedente, porque excedente é o que está passando. E hoje faltam profissionais concursados.

Qual é a diferença dos direitos entre um professor concursado e um temporário? – O professor efetivo tem uma amplitude de direitos. Ele tem, dando um exemplo clássico, a licença de acompanhamento do filho. O temporário não tem. Se o seu filho estiver doente, internado, e você for a única pessoa que cuida dele, ele vai ficar sozinho ou você vai ter que conseguir alguém para acompanhá-lo no hospital, porque você não pode se ausentar do trabalho. Esse é justamente um dos pontos de 2023, que estamos acompanhando na mesa permanente de negociação para que se efetive. 

Além da questão da aposentadoria… – Exato. Impacta diretamente na aposentadoria, porque são regimes de contribuição diferentes. O professor temporário contribui para o regime geral, o INSS. O efetivo é estatutário. Acaba que vai chegar o momento, se continuar essa escalada crescente de professores temporários, que vai impactar diretamente no direito à aposentadoria. 

Outro tema que afeta os professores é a saúde mental. O que o Sinpro tem feito neste sentido? – A gente tem o acolhimento aos professores e professoras. Tem uma clínica do trabalho. E fazemos atividades nas escolas acerca do assédio moral e da saúde mental. O Sinpro também atua na frente negocial e cobra que a Secretaria de Educação dê melhores condições. De 2019 para cá, a estratégia de matrícula aumentou em torno de 60%. Tínhamos conseguido muitos avanços, como ter uma turma de anos iniciais, por exemplo, do BIA [Bloco Inicial de Alfabetização], com no máximo 22 alunos, e hoje está chegando a 30 alunos. O próprio acesso à educação tem sido negado, uma vez que a gente não consegue reduzir o número de estudantes para entregar melhor educação aos alunos PCDs. 

Seis anos após a implementação das escolas cívico-militares no DF, qual a avaliação do Sinpro quanto a esse modelo? – A gente ainda avalia o projeto como retrocesso. Até porque a violência não é um produto construído na escola. A violência, às vezes, pode chegar à escola e ter essa visibilidade, mas ela acontece antes de chegar à escola. Mais importante do que militarizar uma escola, seria a presença do Batalhão Escolar, dentro e fora da escola. Há alguns anos, ficava uma dupla todos os dias. Só a presença do policial ali já intimida e cerceia qualquer má intenção. Tanto de quem está dentro da escola quanto de quem está fora. A quantidade, hoje, de policiais nessas escolas militarizadas daria para cobrir unidades que realmente estão em áreas de vulnerabilidade social. 

Qual é a disposição do Sinpro para negociar com o governo e o limite para que não haja greve? – Costumamos dizer que, para o movimento paredista, a greve é o último instrumento. Eu posso dizer que a categoria está muito desencantada, desesperançada com o governo. Em 2023 foi que a gente conseguiu, finalmente, abrir uma mesa de negociação. Estava muito travado. E abrimos em um momento de negociação pré-assembleia, em março de 2023. Continuamos essa negociação com a mesa permanente para os pontos de suspensão de greve. Somente em setembro do ano passado que foi aberta uma mesa específica para discutir a reformulação do plano de carreira e esse índice linear de 19,8%. Foi criado um grupo de trabalho (GT), publicado em Diário Oficial. Estaremos em assembleias regionais e apresentaremos esse plano de carreira para a categoria. O que esperamos é o devido respeito e acolhida do governo a uma pauta que é nossa e que é importante. 

E essa demanda da categoria, na sua opinião, tem recebido a acolhida do governo? – A mesa foi aberta. Agora, fazer uma avaliação sobre essa acolhida, basta dizer como se deu o processo da semana pedagógica, que na véspera, depois que o Sinpro chamou um ato, é que o governo se propõe a assinar a [participação de professores temporários na] semana pedagógica. Somente a luta é que garante essa disposição do governo em atender às nossas demandas. E se tem uma coisa que essa categoria sabe fazer, é lutar. 

Portanto, só pra variar, 2025 será mais um ano de luta para os professores… – O Sindicato dos Professores marca a luta de todos os trabalhadores, sejam da carreira do magistério ou não. A diretoria do Sinpro é escolhida para apontar o caminho, para dialogar com a categoria. E é essa unidade que vai garantir cada passo nosso rumo às assembleias regionais e à nossa Assembleia Geral, marcada para 27 de março. A mensagem que quero deixar é essa: a unidade é primordial para que a gente alcance êxito na luta de 2025.

O ano letivo começou esta semana com a proibição do uso do celular nas escolas. Os professores estão preparados para cumprir essa nova regra? – A gente começa 2025 com esse grande desafio. No DF, já temos uma lei que restringe o uso de celulares em sala de aula desde 2008. No entanto, ela nunca foi implementada. Agora, temos o reforço de uma lei federal que impacta, inclusive, na saúde mental, por conta do uso excessivo de telas, que atrapalha a aprendizagem e o processo de socialização dos alunos e alunas. Eu acho que preparar a inteligência interpessoal nesse novo milênio é extremamente importante. 

 Como pedagoga, você considera que a educação é valorizada no Brasil e em Brasília, especificamente? – A educação é um dos principais pilares de uma sociedade mais participativa, mais crítica. E a gente transforma a sociedade com a criticidade. A educação deveria ser mais valorizada, mas infelizmente não é. Nós tivemos o Plano Nacional de Educação, depois o Plano Distrital de Educação, que trazia diversas metas voltadas para a formação profissional, para o investimento na educação e para a remuneração dos professores. Infelizmente, não tivemos, ao longo desse tempo, as metas do PDE implementadas, o que seria muito importante para a valorização do professor e dos nossos estudantes.

O Sinpro tem participado das discussões do novo Plano Nacional de Educação que está em debate no Congresso Nacional? – Nós estamos sempre em discussão com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). A gente faz esse debate a partir do Fórum Nacional de Educação e do Fórum Distrital de Educação, presidido pelo professor Júlio Barros, que é diretor do Sinpro. Estão acontecendo as discussões das subcomissões e já estão sendo produzidos relatórios. Nós teremos uma série de reuniões regionalizadas para que haja participação de todos os professores e professoras. Vamos fazer essa interação com a CNTE, que é a nossa porta-voz junto ao Congresso Nacional.

O Sinpro vê com bons olhos o programa Mais Professores, do governo federal? – Sim. A gente recepciona de forma muito positiva. Hoje, existe uma pesquisa do apagão da educação com relação aos professores, à carreira do magistério. Essa política pública vem como importante incentivo para que mais jovens se interessem pela Pedagogia, História, Filosofia, Matemática. Então, é um incentivo importante, mas que não pode ficar apenas com isso para o ingresso na universidade. Precisa ter também o desenvolvimento de políticas públicas de valorização dos professores e professoras. 

Compartilhe essa notícia:

Picture of Orlando Pontes

Orlando Pontes

Colunas

Orlando Pontes

“O foco é o consenso e a reeleição de Lula”

Caroline Romeiro

Food first: a ciência confirma que o básico funciona

José Matos

Cristãos da vergonha

Júlio Miragaya

Massacre do Alemão e da Penha: a “bala de prata” da direita

Tesandro Vilela

Indústria brasileira já se prepara para as profissões moldadas pela inteligência artificial

Júlio Pontes

SindMédico-DF elogia gestão do Hospital de Águas Lindas

Últimas Notícias

Brasiliense busca vitória no maior campeonato de luta em pé da América Latina

13 de novembro de 2025

SindMédico-DF elogia gestão do Hospital de Águas Lindas

13 de novembro de 2025

Sinpro aciona TJDFT contra câmeras em salas de aula

13 de novembro de 2025

PF deflagra operações contra fraudes no INSS e no FGTS

13 de novembro de 2025

Newsletter

Siga-nos

Facebook X-twitter Instagram

Sobre

  • Anuncie Aqui
  • Fale Conosco
  • Politica de Privacidade
  • Versão impressa
  • Expediente
  • Anuncie Aqui
  • Fale Conosco
  • Politica de Privacidade
  • Versão impressa
  • Expediente

Blogs

  • TV BSB Notícias
  • Pelaí
  • Nutrição
  • Chico Sant’Anna
  • Espiritualidade
  • TV BSB Notícias
  • Pelaí
  • Nutrição
  • Chico Sant’Anna
  • Espiritualidade

Colunas

  • Geral
  • Política
  • Cidades
  • Brasil
  • Esporte
  • Geral
  • Política
  • Cidades
  • Brasil
  • Esporte
Facebook X-twitter Instagram
  • Política de Privacidade
  • Termos de Uso

© Copyright 2011-2025 Brasília Capital Produtora e Editora de Jornais e Revistas LTDA.