Sinpro-DF
Sabe quanto o professor (a) do seu filho recebe de auxílio alimentação? R$ 394,50. Sabe quando foi o último reajuste desse benefício? Em 2014. São oito anos sem nenhum reajuste. Segundo o Dieese, em 2014 o custo da cesta básica era de R$ 331,19. O mesmo instituto calcula que esse custo está em R$ 670,98. Um aumento de 102,5%.
Está cada vez mais difícil resolver a equação compras de mês/remuneração mensal. A disparada dos preços, iniciada em 2021, acelerou neste ano. Frente a isso, professores (as) e orientadores (as) educacionais da rede pública de ensino no DF amargam oito anos sem reajuste no auxílio-alimentação e sete anos sem reajustes em seus salários.
De acordo com a Lei Complementar nº 840/2011, o reajuste do auxílio-alimentação de todos os servidores (as) públicos (as) do DF deve ser feito anualmente.
O “aumento” anunciado pelo governador Ibaneis Rocha é apenas o cumprimento de ordem do TJDFT de que o GDF efetue o pagamento da última parcela do reajuste conquistado em 2015. E esse valor é irrisório.
A categoria não luta não só pela valorização de seus cargos, mas também por condições de trabalho dignas – que se traduzem em mais qualidade de ensino para o seu filho. As reivindicações dos professores vão muito além de questões salariais.
As pautas pedagógicas da categoria não são desprezíveis. Segundo cálculos do Sinpro, a demanda reprimida por concursos públicos para repor o quadro do magistério público distrital é de mais de 5 mil professores, sem contar com o fato de que, do total de 35.504 profissionais em sala de aula no DF, 10.791 são de contrato temporário, e sem considerar o aumento demográfico da população, que gera a demanda natural por mais unidades físicas de ensino e mais professores.
Há também a necessidade de ao menos mais 3 mil monitores para dar conta das demandas dos estudantes com necessidades especiais – e 14 mil concursados aprovados aguardando convocação.
Essa demanda reprimida de novos profissionais fica evidente ao vermos as turmas superlotadas em meio a mais de 26 mil novas matrículas e nem uma nova escola construída no DF.
É por conta de todos esses problemas que, no próximo dia 27 de abril, os professores do seu filho farão uma assembleia geral com paralisação.