A antropóloga e pesquisadora, a professora Débora Diniz,da Universidade de Brasília, vem sendo alvo de ameaças anônimas. Segundo nota do Centro de Ensino Multidisciplinar da UnB – Ceam “discursos de ódio e ameaças de violência física têm sido transmitidos via redes sociais contra a professora que faz a defesa dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres”.
Cientista Social com mestrado e doutorado em Antropologia, Debora Diniz é um dos grandes nomes do meio acadêmico brasileiro. Em 2016, foi considerada pela revista norte-americana ForeignPolicy uma dos cem pensadores globais, ao lado de personalidades engajadas na defesa de temas sociais mundo afora.
As ameaças começaram em abril, passado, e retomaram com mais intensidade nos últimos dias. Débora Diniz é a coordenadora da Pesquisa Nacional do Aborto, principal estudo nacional sobre a magnitude do aborto ilegal no país e seus danos e riscos à saúde das mulheres. A docente é uma das articuladoras daArguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, impetrada pelo Psol questionando no Supremo Tribunal Federal (STF) artigos do Código Penal que criminalizam aborto e que requer o reconhecimento da descriminalização do aborto até a décima-segunda semana de gestação, enquanto direito da mulher.
As ameaças à professora já foram comunicadas as autoridades policiais. No período de 03 e 06 de agosto, ela será uma das expositoras da audiência pública convocada pelo STF para debater a (ADPF) 442.