Quase 30% dos servidores da educação do Distrito Federal que precisaram se afastar do trabalho apresentaram algum tipo de desordem na saúde mental.
O dado, preocupante, chama mais atenção quando se constata que a maioria são professores. Ou seja: as salas de aula estão adoecendo esses profissionais.
Os motivos são velhos conhecidos: salas lotadas, falta de infraestruturas, e agora o temor pela própria integridade física, visto que os episódios de agressão de professores por alunos e – pasmem – pais tem aumentado assustadoramente.
No primeiro semestre deste ano, a mãe de uma aluna do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 113 do Recanto das Emas agrediu uma funcionária da escola. Toda a ocorrência foi gravada, e mostra a mulher quando entra na sala e dá um tapa em um recipiente de álcool. Em seguida, ela pega um violão com as duas mãos e quebra o instrumento ao bater com ele diversas vezes contra o chão.
É necessário que o Governo do Distrito Federal ofereça o mesmo empenho que tem para realizar obras (que são necessárias) para cuidar de seus quadros, com iniciativas para oferecer mais segurança e estrutura de trabalho aos profissionais do ensino.