Ir para o conteúdo
Facebook X-twitter Instagram
  • Política
  • Cidades
  • Brasil
  • Esporte
  • Entorno
  • Pelaí
  • Versão impressa
  • Política
  • Cidades
  • Brasil
  • Esporte
  • Entorno
  • Pelaí
  • Versão impressa
  • Política
  • Cidades
  • Brasil
  • Esporte
  • Entorno
  • Pelaí
  • Versão impressa
  • Política
  • Cidades
  • Brasil
  • Esporte
  • Entorno
  • Pelaí
  • Versão impressa

Brasil, Distrito Federal, Educação

Professor doutrinador ou responsável manipulado?

  • Redação
  • 23/07/2023
  • 13:00

Compartilhe:

divulgação

Letícia Sallorenzo

Existem várias formas de se controlar e manipular uma pessoa. Todas elas são sensoriais, psicológicas. Trabalham os medos, inseguranças e o desconhecido. Um marido abusador, por exemplo, intercala momentos de amor e carinho com momentos de agressão e violência. Esse comportamento tem o objetivo de manter o controle psicológico sobre a mulher abusada, que se sente (esse verbo não foi usado por acaso) culpada por tudo o que acontece à sua volta.

Manipulação sem alguma forma de ameaça não é manipulação:  “Cuidado com o velho do saco! Ele vai te levar embora e você nunca mais volta pra ficar com papai e mamãe!”, diz alguém para uma criancinha agitada e inquieta. A criancinha, diante da ameaça de perder pai e mãe, fica quieta. E, com isso, um adulto controlou psicologicamente o comportamento de uma criança e a fez agir conforme a vontade dele.

O objetivo é exatamente este: controlar o comportamento de uma pessoa de forma a que ela se deixe levar por suas sensações, emoções e inseguranças, e assim passe a agir contra seus próprios interesses.

A “lógica” do professor doutrinador se encaixa na “lógica” chantagista do velho do saco, descrita acima: é uma entidade mágica, sobrenatural, do outro mundo, que vai “controlar a mente do seu filho, e vai afastá-lo por todo o sempre do seio da família”.

 Ou, como disse semana passada o deputado federal Eduardo Bolsonaro, “o professor é pior que um traficante, pois o traficante não causa tanto dano às famílias quanto um professor, já que o professor pode levar a discórdia para dentro de casa”.

E assim, vamos atacar um profissional que, ao fim e ao cabo, tem como função ensinar seu filho a raciocinar, pensar, ponderar – e, desta forma, e quebrar o processo da manipulação.

Também, pudera: no momento em que a manipulação te faz pensar, raciocinar, você se liberta do medo, da insegurança. A capacidade de raciocínio é o que difere a nós, humanos, das demais espécies que habitam este planeta. É o que nos permitiu e permite evoluir enquanto espécie e enquanto sociedade.

E quanto mais controlado e manipulado for o processo de aprendizagem, pior será o rendimento do aluno, pior será a qualidade do ensino – e, lá na frente, pior será o desempenho econômico e social de todo um país. Quem ganha e quem perde com isso?

Esperar que um professor transmita ao aluno apenas o que os pais querem é cair na esparrela da famosa “educação bancária” descrita por Paulo Freire: o professor deposita informação no cérebro do aluno e o aluno faz uma prova, e assim demonstra que os depósitos estão rendendo.

Pior: é tratar um ser humano em formação como um objeto passível de controle. É desrespeitar a própria essência humana do processo de ensino-aprendizagem.

Os defensores da teoria da doutrinação formularam o famigerado projeto “Escola Sem Partido”, mais conhecido como Lei da Mordaça. São as mesmas pessoas que são contrárias à proibição de castigos físicos contra crianças – afinal, os que se autoproclamam defensores da família costumam ser adeptos do homeschooling, do autoritarismo e da violência – violência essa que, quando ocorre no interior da família, é justamente na escola que é identificada.

Professor é aquele que dedica sua vida à educação, a despeito de condições ruins de trabalho, de salários defasados e de, muitas vezes, correr riscos no exercício de sua profissão, como sofrer acusações infundadas que cultivam o ódio.

Já criminoso é aquele que incita a violência, que propaga fake news, que é conivente com desvio de recursos públicos. Criminoso é quem incentiva ações antidemocráticas e questiona eleições democráticas, utilizando-se da estrutura e de cargos públicos para isso.

Professor, no final das contas, é quem desdoutrina o aluno.

E escola é lugar de ser feliz e livre.  A atitude de Eduardo Bolsonaro é um insulto à inteligência de professores e de responsáveis.

Defender a educação é defender a cassação de Eduardo Bolsonaro. Assine a petição: chng.it/W5DF246cNF

Compartilhe essa notícia:

Picture of Redação

Redação

Colunas

Orlando Pontes

Geraldo Azevedo leva 5 mil pessoas a Olhos d’Água

Caroline Romeiro

Cuidado com as bebidas “zero açúcar”

José Matos

Anjos e demônios

Júlio Miragaya

A verdade sobre taxas de inflação e de juros no Brasil

Tesandro Vilela

Projeto de governança de IA vai ao Congresso

Júlio Pontes

Ibaneis quer se livrar do “lixo” Centrad

Últimas Notícias

SP rompe com Enel após apagão histórico

16 de dezembro de 2025

Heloísa Helena volta ao Congresso e cobra CPI do Master

16 de dezembro de 2025

Ibaneis quer se livrar do “lixo” Centrad

16 de dezembro de 2025

Quaest: Lula lidera todos os cenários de 2º turno para 2026

16 de dezembro de 2025

Newsletter

Siga-nos

Facebook X-twitter Instagram

Sobre

  • Anuncie Aqui
  • Fale Conosco
  • Politica de Privacidade
  • Versão impressa
  • Expediente
  • Anuncie Aqui
  • Fale Conosco
  • Politica de Privacidade
  • Versão impressa
  • Expediente

Blogs

  • TV BSB Notícias
  • Pelaí
  • Nutrição
  • Chico Sant’Anna
  • Espiritualidade
  • TV BSB Notícias
  • Pelaí
  • Nutrição
  • Chico Sant’Anna
  • Espiritualidade

Colunas

  • Geral
  • Política
  • Cidades
  • Brasil
  • Esporte
  • Geral
  • Política
  • Cidades
  • Brasil
  • Esporte
Facebook X-twitter Instagram
  • Política de Privacidade
  • Termos de Uso

© Copyright 2011-2025 Brasília Capital Produtora e Editora de Jornais e Revistas LTDA.