A produção da indústria nacional registrou recuo de 0,3% em abril, na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês de abril, em relação a março, a atividade fabril também havia mostrado queda, de 0,5%.
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Na comparação com o mesmo período de 2013, a indústria teve queda de 5,8%, a mais intensa desde setembro de 2009 (-7,3%). Nos quatro primeiros meses do ano, o setor tem queda de 1,2% e leve alta de 0,8% em abril.
\”No resultado desse mês, além da diminuição no ritmo de produção, observa-se a influência do efeito calendário, uma vez que abril de 2014 teve dois dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior\”, disse o IBGE, em nota.
De março para abril, caiu a produção dos ramos de metalurgia (-2,7%), de produtos de minerais não-metálicos (-1,5%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-1,6%), de produtos de madeira (-3,2%), de produtos de borracha e de material plástico (-0,9%) e de móveis (-2,3%).
Entre os que mostraram aumento na produção estão produtos alimentícios (2,6%), sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, perfumaria e de higiene pessoal (3,1%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,9%).
Na análise das categorias de uso, a produção de bens de consumo duráveis (carros, por exemplo) caiu 1,6%; o de bens de capital (máquinas), 0,5%, e o de bens intermediários (insumos), 0,2%. O segmento de bens de consumo semi e não-duráveis (roupas, por exemplo) foi o único que mostrou avanço, de 0,4%.
Como ficou em relação a 2013
Na comparação com abril do ano passado, a produção de veículos foi a que registrou a maior queda, de 21,3%, e mais importante influência na taxa da índústria como um todo. Também tiveram contribuições negativas os desempenhos da fabricação de máquinas e equipamentos (-9,9%), de produtos alimentícios (-4,0%), de outros produtos químicos (-9,0%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-15,1%), produtos de metal (-10,8%) e de metalurgia (-6,2%).