O ex-senador Gim Argello renunciou à presidência do PTB no Distrito Federal e também pediu sua desfiliação da legenda, na qual ingressou em março de 2005. A medida foi formalizada em carta encaminhada nesta quinta-feira (9) ao presidente nacional do PTB, ex-deputado Roberto Jefferson.
Preso em 12 de abril, na 28ª fase da Operação Lava Jato, Gim afirma na carta que está se retirando da vida pública, “a fim de cuidar da minha vida particular, da minha família, saúde e até mesmo da minha defesa judicial”. Ex-líder do governo no primeiro mandato da presidente afastada Dilma Rousseff, o ex-senador foi preso preventivamente pela Polícia Federal. Ele é acusado de receber R$ 5,3 milhões em propinas para impedir investigações sobre o cartel de empreiteiras da Petrobras.
Ele é suspeito de ter utilizado uma igreja para lavagem de dinheiro de corrupção. Argello é acusado dos crimes de corrupção ativa e passiva, obstrução às investigações, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Gim Argello, que tentou a reeleição em 2014, havia assumido o Senado na vaga deixada pelo ex-governador do DF e ex-senador Joaquim Roriz , que renunciou ao mandato para se livrar de um processo de cassação, agradeceu a Jefferson a oportunidade de ter comandado o PTB-DF e afirmou que exerceu a função com “zelo e dedicação”.