O diretor-presidente da Companhia Energética de Brasília (CEB), Francisco Santiago, pediu exoneração do cargo na tarde desta segunda-feira (5). Segundo o GDF, a decisão foi de caráter pessoal. O atual diretor-geral, Ari Joaquim da Silva, assume o posto. O GDF informou que Santiago vai continuar atuando como presidente do Conselho de Administração da companhia.
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Saídas
Pelo menos dez gestores pediram exoneração de cargo de chefia de uma secretaria ou órgão do GDF desde o início do mandato do governador Rodrigo Rollemnerg.
Em 31 de agosto, o então secretário de Fazenda, Leonardo Colombini, pediu exoneração do cargo. Na semana anterior, o presidente do PDT-DF, Georges Michel Sobrinho, deixou o comando da Secretaria de Trabalho e Empreendedorismo, alegando \”razões pessoais\”.
As trocas de comando nos primeiros escalões do DF começaram antes da posse de Rollemberg. Em dezembro do ano passado, o indicado para a Secretaria de Saúde, Ivan Castelli, voltou atrás e recusou o convite alegando problemas de saúde. O secretário empossado em janeiro, João Batista de Sousa, renunciou ao cargo em 22 de julho e foi substituído por Fábio Gondim, que permanece na pasta
Dois dias antes, o secretário de Gestão Administrativa e Desburocratização, Antônio Paula Vogel, também pediu demissão. Segundo o GDF, ele saiu após convite do Ministério da Fazenda para integrar a equipe econômica de Joaquim Levy. A pasta é responsável por gerenciar folhas de pagamento, gastos com fornecedores, manutenção do patrimônio e modernização dos sistemas administrativos do DF.
Chefe da campanha e da transição de governo e comandante da Casa Civil nos primeiros meses de governo Rollemberg, o jornalista Hélio Doyle deixou o cargo no dia 10 de junho. Em entrevista no Palácio do Buriti, ele disse ter se tornado “o alvo das críticas” de opositores, setores da imprensa e de parlamentares distritais e federais.
Em janeiro, o diretor indicado para o Detran, Antônio Fúcio, desistiu de assumir o cargo após a divulgação de um histórico de 50 multas de trânsito, todas por excesso de velocidade, entre 2006 e 2007. Ele afirmou ao G1 que abriu mão do posto para \”evitar constrangimentos\”, mas disse que contesta as notificações na Justiça.
No mesmo mês, o subsecretário de Microcrédito e Empreendedorismo da Secretaria de Trabalho, Alexandre Donikian Gouveia, foi exonerado. A decisão teria sido tomada pelo próprio governador após ser informado de um mandado de prisão contra Gouveia expedido no ano passado, em Curitiba. O cientista político afirma que não foi procurado pela administração pública e diz que o pedido de prisão foi um erro da Justiça paranaense.
Em fevereiro, o diretor de Desenvolvimento e Comercialização da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), Fábio Rodrigues Rolim, pediu exoneração do cargo. A divulgação dos supostos indiciamentos do diretor nas CPIs dos Bingos, em 2006, e das ONGs, em 2009, foi apontada como motivo para a saída. Em nota enviada ao G1, Rolim nega o envolvimento nos escândalos.
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Também houve troca na Polícia Militar. O comandante do Batalhão de Trânsito, tenente-coronel Evaldo Soares, deixou o cargo em março após caminhoneiros que estavam concentrados no estacionamento do Estádio Nacional Mané Garrincha fazeram um \”buzinaço\” na Esplanada dos Ministérios. A Polícia Militar diz que ele \”colocou à disposição o cargo que ocupava\”. À época, o G1 procurou o comandante, mas ele preferiu não comentar o assunto.
No início do ano, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal afastou o administrador interino do Planetário, João Bosco, após denúncias de supostos assédios sexuais e morais que estariam ocorrendo no local desde o ano passado. A secretaria informou que abriu um processo administrativo para apurar os relatos e disse que Bosco ficaria afastado da função até que a investigação seja concluída.
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