Muitos jovens, \”pegos à laço\”, sem nenhuma vocação, são levados a seminários evangélicos para fazer cursinhos rápidossobre passagens da Bíblia; treinamento de retórica para impressionaringênuos; e para aprendizagem de rituais de culto, casamentos e batizados.
Grande parte dessas pessoas são carentes emocional e materialmente, e quando assumem um rebanho acabam se envolvendo emsucessivos escândalos sexuais e financeiros. Não raro, esses pastores cometem suicídio.
O problema se repete na Igreja Católica e na Yoga. Padres desequilibrados choram no horário nobre da TV, e yogues se envolvem em escândalos.
O que está acontecendo?
Em primeiro lugar, a preparação ruim. Não há preparação psicológica para o indivíduo autoconhecer-se e vencer as tentações. Não se avalia o grau de vocação.
Como são financeiramente remunerados, o que mais importa, com raras exceções, é o dinheiro e o prestígio. Nesses cursinhos, somente o conhecimento bíblico interessa, esquecendo-se que este conhecimento, em sua maior parte, vem de homens que viveram três mil anos atrás.
Na Igreja Católica, a preparação é melhor, com muito mais tempo. Ali, no entanto, o grande problema é o celibato, o alcoolismo e a deserção. Alguns seminaristas e freiras, sem condições de se manterem longe de um parceiro ou parceira, na ordenação juram manter o celibato, que não será possível, gerando conflito e angústia.
Acrescente-se a isso o alcoolismo. Quando será que vão acordar para substituir o vinho, causador de dependência, pelo suco de uva? Há ainda o problema da deserção. O assédio aos padres e freiras carentes é de difícil resistência. Por isso, muitos preferem abandonar a batina e o hábito e seguir noutra direção.
Há ainda a questão dos Yogues (alguns tipos) e monges budistas com boa formação baseada no autoconhecimento e voltada também para enfrentar as tentações do caminho. Entretanto, como nada é perfeito, alguns sucumbem à elas.
Em qualquer denominação, o mais importante é a vocação e, em seguida, a preparação adequada. Para isso, necessita-se de guias que conheçam e ensinem o processo de crescimento, as fraquezas humanas, o conhecimento e superação das tentações, a alegria de servir e autorrealizar-se.
Para Dalai Lama, o mais importante é o desenvolvimento da compaixão, que Santo Agostinho e Confúcio chamavam de Amor. Amor ao próximo como a si mesmo, como ensinou Jesus.