- Advertisement -
Os portadores de necessidades especiais sofrem com a falta de acessibilidade no Centro de Saúde 4, da Guariroba. O posto foi construído há 40 anos e atende cerca de 40 mil moradores de seis das 14 quadras do bairro. Ricardo Nunes dos Santos é professor e todo mês precisa levar o pai cadeirante ao centro de saúde. “É um suplício. Eles improvisaram uma rampa na entrada, que deixou o local ainda mais perigoso. A rampa é muito íngreme e não tem corrimão”, reclama.
A dificuldade de acesso não é exclusividade dos portadores de deficiências. Idosos, gestantes e mulheres com crianças de colo também padecem com a falta de estrutura na entrada do posto. Maria Batista, 76 anos, destaca que além de enfrentar os barrancos que cercam a parte externa do prédio, os pacientes também têm que lidar com os carros que circulam em área inapropriada.
“Temos que passar pelos buracos e ainda ter atenção para desviar dos carros. Não existe estacionamento e tem motorista que falta colocar o carro no portão do posto”, denuncia a aposentada. Uma funcionária da unidade de saúde, que não quis se identificar, apoiou o clamor dos pacientes. “É difícil para eles e para nós também. Para chegar até aqui, temos que remar contra a maré”, relata.
O prefeito comunitário da Guariroba, Higor Sávio, informou que fez inúmeros pedidos à Administração de Ceilândia para solucionar o problema da falta de acessibilidade no posto. Contudo, não obteve resposta. “Enviamos vários ofícios solicitando obras de acessibilidade, não só do posto 4, mas em toda a região. Nosso bairro abriga um número acentuado de portadores de necessidades especiais e esse descaso é um absurdo”.