O governador Ibaneis Rocha aproveitou a crise gerada pelas manifestações pró-golpe militar, domingo (19), para se diferenciar da maioria dos demais chefes de Executivos estaduais. O emedebista já vinha se distanciando do pensamento médio dos colegas, em especial no que se refere às medidas de combate à covid-19. Foi o primeiro a adotar isolamento e agora flexibiliza as restrições de convívio social.
Ao se afastar da maioria dos governadores, aproxima-se do presidente Jair Bolsonaro. Um movimento que já vinha sendo percebido desde que o GDF começou a divergir das decisões do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O entendimento entre Buriti e Planalto avançou na reunião entre os dois, na qual Ibaneis passou a admitir reabrir as escolas, começando pelas militarizadas, atendendo a um pedido de Bolsonaro.
Alguns observadores avaliam que os desencontros iniciais entre os dois governos decorriam do que o GDF chamava de falta de atenção para com o DF por parte do Ministério da Saúde. A não assinatura do manifesto, contudo, propicia leitura mais ampla.
Unidade quebrada – Na Carta Aberta à Sociedade Brasileira, 20 governadores, entre os quais pesos pesado, como os de São Paulo, João Dória (PSDB), e do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), e até simpatizantes do Presidente, como o de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), hipotecam solidariedade aos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, David Alcolumbre (DEM-RO). Também assinam o manifesto os outros dois governadores eleitos pelo MDB: Helder Barbalho (PA) e Renan Filho (AL).
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