Adotado em 1973, Patrick procura pra sua mãe biológica Maria Cláudia da Silva. Ele nasceu em Brasília no Hospital Distrital, hoje Base, em 10 de julho do mesmo ano. A mãe deu entrada na emergência já em trabalho de parto. Após o nascimento do bebê ela disse na maternidade que precisava ter alta antecipada porque seus irmãos iam chegar na cidade e não sabiam da gravidez.
Ainda no hospital, Maria Cláudia contou que era natural de Belo Horizonte, Minas Gerais, nascida a 30 de dezembro de 1947, havia cursado até o 4º ano do primário (atual ensino fundamental), que trabalhava como cozinheira e que havia chegado a Brasília um ano e dois meses antes do parto.
O bebê que não tinha nome, foi adotado por um casal de franceses que o batizou Patrick. Vivendo na França, ele estudou tornando-se técnico superior em energia hidroelétrica, e hoje está casado e é pai de duas meninas. Neste final de ano ela completa 71 anos e encontrá-la seria um grande presente de Natal para Patrick.
Algumas peças não se encaixam
Como num quebra-cabeça com peças faltando, Patrick continua buscando sua mãe biológica. Apesar de seus esforços e de pessoas conhecidas, a mãe ainda não foi encontrada.
Em um dos registros que o ele tem consta como endereço de Maria Cláudia na época do parto QNS 3 lote 10, Taguatinga, DF em outro, QNC 3 lote 19 na mesma cidade. O que chama a atenção é que em nenhum dos documentos obtidos pela reportagem até agora há referência a carteira de identidade, de trabalho ou certidão de nascimento de Maria Cláudia. Assim, não se pode confirmar nenhum dos dados sobre ela.
Por onde anda Maria Cláudia?
Aos 25 anos, ela engravidou do namorado que teria pedido que abortasse. Segundo relatos constantes da documentação obtida, ela teria tomado vários medicamentos, mas a gravidez não foi interrompida e foi escondida sob roupas apertadas até o nascimento do bebê. Desesperada por ser solteira, de família de rígidos padrões como contou para a assistente social, não queria ficar com o filho.
A assistente social que acompanhou o caso foi Senhoria A. Leal Sternberg que, depois de um estudo, encaminhou o bebê para adoção aos cuidados da Casa do Candango. Junto com a documentação com todo o histórico, está um atestado de saúde da criança assinado pelo pediatra Dr Ernesto Silva, falecido em 2010.
Contamos com sua ajuda
O Brasília Capital se engaja nessa busca e convida você leitor a ajudar a encontar Maria Cláudia da Silva. Se você conhece algum dos personagens dessa história ou tem qualquer informação a respeito entre em contato com: bsbcapital50@gmail.com, ou por nossa página no Facebook Jornal Brasília Capital; ou ainda com Dora Perdigão (61) 9938-7672