“O relatório de atividades do Sistema de Gestão de Ouvidoria do governo do Distrito Federal (SIGO-DF) referente ao ano de 2017 mostra o registro de 157.573 reclamações, solicitações, elogios, denúncias, informações, sugestões ao governo – 23.029 a mais do que em 2016. As queixas contra o governo Rollemberg dispararam de 63.354 para 90.757, um aumento de 43,2%. “Do montante de manifestações registradas, 58% correspondem a reclamações e 23% de solicitações de serviços. Em 2016, tais percentuais correspondiam a 47% e 35%, respectivamente”, registraram os autores.
A Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) perdeu o posto de maior foco de reclamações. Não porque tenha melhorado, mas porque as queixas contra o transporte público pularam de 8.550 para 26.621. Só o sistema de bilhetagem (SBA), é alvo de 22.532 descontentes – um reflexo claro do efeito da corrupção no governo, que é investigado na Operação Trickster.
A queda da Saúde do topo do ranking se deve a outro fator que foi largamente noticiado pela imprensa: falta de pagamento das contas de telefone. O relatório da Ouvidoria registra que, em 2016, havia “aproximadamente 100 unidades descentralizadas colaborando com o processo de atendimento”. No último relatório foram “17 unidades de atendimento presenciais”. O governo Rollemberg dificulta até a reclamação do cidadão!
Com telefones fora de serviço, houve uma queda de 12,2% no número de registros referentes à Secretaria de Saúde. De 28.939 manifestações diversas, em 2016, paramos em 25.401 no ano passado. No último dia 16 chegaram até a publicar uma nota comemorativa na página da SES no Facebook.
O que se manteve estável (e a SES se vangloria indevidamente) é o número de elogios, que passou de 2.661 para 2.645, sem variação percentual relevante. O relatório destaca os cinco principais temas para registro da aprovação da população: servidor público, atendimento em unidade de saúde pública, serviço prestado por órgão/entidade do governo, atendimento médico e atendimento para doação de sangue.
Os elogios se dirigem às pessoas, não à instituição. Enquanto os servidores são aplaudidos pelos usuários, o atendimento nas unidades públicas de saúde é o terceiro maior motivo de queixa contra o governo Rollemberg.
Os servidores da Saúde se desdobram para desempenhar suas funções, apesar das condições adversas, do assédio moral e da perseguição que se tornaram corriqueiros e isso foi reconhecido e registrado em 2.645 elogios. O desempenho do governo Rollemberg, no entanto, vai na direção oposta: 43,2% mais queixas. E são estatísticas oficiais (www.ouvidoria.df.gov.br/ ouvidoria-geral/relatorios. html)