Uma parte do grupo de autoridades brasileiras que ficou retida em Israel por conta do conflito armado com o Irã deve ser levada até a fronteira com a Jordânia, nesta segunda-feira (16). A informação é do senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel no Congresso Nacional. São duas comitivas estaduais e municipais que viajaram para participar de um evento voltado a países de língua portuguesa que aconteceria de 6 a 20 de junho, numa parceria entre o Ministério de Relações Exteriores de Israel e o Consórcio Brasil Central.
No sábado (14), os brasileiros utilizaram as redes sociais para se comunicar com parentes e amigos informando que estavam “seguros e bem atendidos” pelas autoridades israelenses. Mas não há previsão de retorno. O Itamaraty informou que está em contato com as autoridades competentes e que, por recomendação de Israel, os brasileiros não deixarão o país até que a situação seja considerada segura.
“Até o momento, autoridades israelenses têm aconselhado as comitivas estrangeiras a permanecerem no país, até que as condições permitam qualquer deslocamento desses grupos por via aérea ou terrestre”, afirmaram.
BRASILIENSES – Entre os brasileiros em Israel estão ao menos quatro brasilienses. Na sexta-feira (13), a vice-governadora Celina Leão solicitou apoio imediato do governo federal para viabilizar o retorno seguro de servidores distritais que participam de missão oficial em Israel. O pedido foi feito ao ministro da Defesa, José Múcio.
A comitiva do GDF integra uma programação oficial organizada em cooperação com o Ministério das Relações Exteriores de Israel, com atividades voltadas à troca de experiências em diversas áreas, como segurança pública, ciência e tecnologia, inovação, agricultura e desenvolvimento social.
Entre os integrantes da missão estão: Marco Antônio Costa, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação; Rafael Bueno, secretário de Agricultura e Abastecimento; Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social; José Eduardo Pereira Filho, secretário-executivo do Consórcio Brasil Central.
Na madrugada de sexta-feira (13), os membros da comitiva precisaram se abrigar em bunkers no hotel onde estão hospedados, em Tel Aviv, após o início dos ataques com mísseis. Após o pedido feito ao governo federal, a vice-governadora Celina Leão informou que o ministro José Múcio entrou em contato diretamente com a comitiva.
“O ministro Múcio é sempre muito prestativo e teve a gentileza de ligar para a nossa comitiva, para deixar claro que as autoridades federais estão atentas às pessoas que estão lá. Foi dado um apoio pelo ministro Múcio e nós estamos aguardando a abertura do espaço aéreo”, afirmou.