Em entrevista coletiva no início desta tarde, o delegado Marco Antônio de Almeida, titular da 5ªDP (área central de Brasília) afirmou que o bebê abandonado em praça próximo ao Conjunto Nacional nasceu em um hospital particular no Entorno na madrugada da última segunda-feira. Depois de ter alta, a mãe da criança teria procurado uma amiga, moradora de Planaltina, para pedir ajuda. De acordo com a polícia, a mulherde 35 anos disse que pretendia entregar a criança para adoção.
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Moradora de uma cidade goiana, onde o menino nasceu, ela tem uma filha de 13 anos, e ninguém da família, inclusive o marido, com quem vive desde 2001, sabiam da gravidez. Ela disse que iria ao hospital para ser operada de um mioma.O recém-nascido, segundo o delegado, é fruto de uma relação extraconjungal. O pai do bebê, de 32 anos, era o único que sabia da gestação e se preparava para receber o filho. Ele é solteiro, trabalha como auxiliar de serviços gerais e mora no Distrito Federal.
Depois de deixar o menino no banco de uma praça próximo ao Conjunto Nacional, ela foi para casa e ligou para o pai do bebê e informou que a criança havia nascido morta. A polícia chegou à mãe depois de descobrir que o parto da criança havia sido feito em um hospital particular a partir do tipo cilpe que segurava o cordão umbilical. Ela contou à polícia o que havia acontecido e disse que havia ficado no local até certificar-se de que alguém prestaria socorro ao recém-nascido.
A mulher também informou a agentes da 5ª DP a identidade do pai, que também foi procurado para prestar esclarecimentos sobre o caso. O homem confirmou que sabia da gravidez e que, inclusive, havia montado um quarto para receber o filho. Segundo Marco Antônio de Almeida, o pai vai pedir a guarda da criança.O delegadoafirmou que o caso não se trata de abandono de incapaz, mas de exposição e abandono de recém-nascido. A pena para esse crime pode variar de 6 meses a 2 anos de prisão, mas a mãe responderá ao processo em liberdade.